Artigo exclusivo
Indústria diz não ter capacidade para aguentar nova paragem e comprometer as poucas encomendas existentes.
“Apelo a todas as atividades laborais do setor privado que suspendam a sua laboração”, disse António Costa no sábado, após anunciar a tolerância de ponto no Estado. “É como pedir a alguém a afogar-se que deixe a cabeça debaixo de água mais uns minutos”, compara Mário Jorge Machado, da Associação Têxtil de Portugal. A decisão de parar será feita caso a caso. Mas, com as quebras dos últimos meses, as empresas avisam que não se podem dar a esse luxo. “Antes, até havia quem desse estes dias. Este ano não será possível porque já tivemos outras paragens forçadas”, explica César Araújo, da ANIVEC, que representa a indústria do vestuário.Com as encomendas feitas em cima da hora e perturbações na linha de produção – como as ausências por suspeitas ou infeção por Covid-19 – é preciso compensar o tempo perdido. “Nunca conseguimos ter linhas de produção a trabalhar em plenitude”, explica Vítor Poças, da AIMMP, que representa a indústria da madeira e do mobiliário.Já na indústria agroalimentar, parar é “impensável”. “A medida não é proporcional ao que se pretende alcançar”, traça Pedro Queiroz, diretor-geral da FIPA. As empresas alegam ainda que o pedido do Governo não veio a tempo para alterar a cadeia logística. “Não é com uma semana de antecedência que se organiza”, diz Rafael Campos Pereira da AIMMAP, associação do setor metalúrgico.Com as escolas fechadas, as associações empresariais dizem haver muitos trabalhadores a pedir dispensa à segunda, substituindo esse dia pelo feriado, para poderem alternar os dias em casa com o cônjuge a cuidar dos filhos. Uma das soluções encontradas tem sido dar dias de férias em atraso.Com o comércio a fechar às 15h00, nestes dias, nos concelhos de maior risco, a confederação do setor, a CCP, admite que os empresários tentarão encaixar o máximo possível. “A tendência é estar de porta aberta de manhã. A situação já está tão complicada que dificilmente abdicarão dessas receitas”, traça João Vieira Lopes.pormenoresRecolher cumpridoNo passado sábado, 70% dos portugueses estavam em casa às 13h00, quando entrava em vigor o recolher obrigatório. Mais de metade nem saiu de casa nesse dia, mostram dados da consultora PSE.Saídas pequenasNo domingo, o confinamento foi mais acentuado. Às 13h00, 78% já estavam em casa. A ida às compras foi o principal motivo para sair de casa, com os portugueses a deslocarem-se sobretudo perto de casa, até 20 quilómetros.Tratar do automóvelAntevendo situações urgentes, as oficinas e concessionários vão abrir nas vésperas de feriado. “Temos de adequar, com bom senso, não respondendo na íntegra ao pedido do Governo”, explica Alexandre Ferreira, presidente da ANECRA.
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