Autocarro de 50 lugares, onde viajam um tradutor e um enfermeiro, partiu esta quinta-feira de madrugada para a Polónia.
Várias famílias ucranianas, na sua maioria mulheres e crianças, deverão chegar na terça-feira a Olhão num autocarro disponibilizado pela autarquia e que esta quinta-feira partiu rumo à Polónia, disse à Lusa o presidente da Câmara.
O autocarro de 50 lugares, onde viajam um tradutor e um enfermeiro, partiu esta quinta-feira de madrugada para resgatar da zona de guerra pessoas com ligação à comunidade ucraniana residente em Olhão, prevendo-se que chegue no domingo ao seu destino.
Em declarações à Lusa, António Miguel Pina adiantou que estas famílias estão identificadas, mas a sua situação exata e necessidades só poderão ser verificadas quando as pessoas entrarem no autocarro, estando a ser preparadas medidas adicionais para o seu acolhimento.
"À data de hoje nós temos a previsão das pessoas que estão para vir, mas pode variar uma ou outra situação. Se, entretanto, estas pessoas tiverem outra forma de cá chegarem, certamente não ficam à espera, mas há aqui já uma previsão de quem é quem e do que é que necessita", referiu.
Segundo o também presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), todas estas pessoas têm famílias ou amigos para acolhimento, no entanto, a autarquia está a preparar-se "para ter outro tipo de respostas de curto e médio prazo", nomeadamente, em termos de alojamento.
"Estamos também a tratar de ter algumas habitações sociais para uso partilhado de famílias que, eventualmente, não tenham onde ficar ou caso as condições que estavam previstas de acolhimento não sejam entendidas como as mais corretas, como situações de grande sobrelotação", sublinhou.
O local de receção destas famílias será o pavilhão onde tem funcionado o centro de vacinação de Olhão, estando previsto que ali se faça "uma verificação do seu estado de saúde, encaminhamento e, também, resolver questões burocráticas e ter a certeza para onde estas pessoas depois se encaminham", precisou o autarca.
As medidas de apoio aos cidadãos ucranianos que fogem da invasão russa ocorrerão em vários momentos e em articulação com a Associação dos Ucranianos no Algarve e as equipas que se encontram no terreno.
"Todo o processo de acolhimento será, posteriormente, acompanhado pelas entidades competentes e com um forte envolvimento da Ação Social do município", lê-se numa nota de imprensa da autarquia.
Este será o primeiro transporte organizado pela Câmara de Olhão, no distrito de Faro, "uma situação que será reavaliada nos próximos dias, para se equacionar a necessidade de reforço desta ajuda", conclui a nota.
Paralelamente, a autarquia está a proceder à recolha de bens de primeira necessidade, que podem ser entregues no edifício da antiga Bela Olhão, junto ao porto de pesca, até ao dia 10 de março entre as 9:30 e as 11:00 e as 21:00 e as 22:30.
Neste momento, são necessárias botas e roupa térmica (meias e roupa interior, para homem, preferencialmente tamanhos grandes), sacos-cama, mantas e cobertores de primeiros socorros.
Está identificada, também, a falta de alimentos não perecíveis e sem confeção, como enlatados, conservas, 'snacks', bolachas secas, chá, café e açúcar, artigos de higiene para bebé e equipamento médico básico, como compressas e ligaduras.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.
As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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