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Fundão acolhe 19 migrantes resgatados em Julho pelo Aquarius

Chegaram a Portugal alguns dos migrantes resgatados pelo navio.

25 de setembro de 2018 às 18:52

Chegaram a Portugal 19 migrantes resgatados pelo navio Aquarius, em Julho. As 19 pessoas foram recebidas pelo Fundão, esta terça-feira à tarde.

Os 19 cidadãos, 17 homens e duas mulheres provenientes da Eritreia (14), Nigéria (3), Iémen (1) e Sudão (1), vão ser acolhidos pelo município do Fundão, informou o Governo através de um comunicado.

Estes migrantes foram recebidos numa ação humanitária concertada de Portugal, França e Espanha, refere o comunicado do Minsitério da Adminsitração Interna.

"A chegada de mais este grupo de migrantes resulta do compromisso de solidariedade e de cooperação europeia assumido por Portugal em matéria de migrações. Perante a situação de emergência dos migrantes resgatados pelo Aquarius, o Governo português manifestou de imediato a disponibilidade para participar solidariamente no processo de acolhimento", pode ainda ler-se na comunicação.

O grupo vai beneficiar de um "plano de integração e de empregabilidade seguindo um modelo já desenvolvido no trabalho com imigrantes. Terá, logo à chegada, um tradutor que acompanhará todo o processo por forma a facilitar a comunicação e a integração".

O plano de integração vai implicar aulas de português.

Para potenciar o sucesso da iniciativa, o plano aposta na estrita colaboração com o município local, que preparou um conjunto de 'workshops' tendo em vista a rápida integração no mercado de trabalho destes migrantes, conclui o documento.

Portugal vai ainda acolher futuramente 10 dos 58 migrantes que estão atualmente no navio de salvamento 'Aquarius', após ter chegado a um acordo com Espanha e França, anunciou hoje o Ministério da Administração Interna (MAI).

"Portugal acordou com Espanha e França, no quadro da resposta solidária ao fluxo de migrantes que procuram chegar à Europa através do Mediterrâneo, acolher 10 das 58 pessoas que se encontram no navio Aquarius", refere o MAI, em comunicado.

Nos últimos meses, os navios de resgate civis foram forçados a retirar-se da chamada "rota central", acossados pela Guarda Costeira da Líbia e pelas pressões da União Europeia e do Governo italiano.

O 'Aquarius' é único navio de resgate civil atualmente a operar no Mediterrâneo central, considerada a rota migratória mais letal do mundo.

No domingo, as duas ONG responsáveis pelo 'Aquarius' acusaram o Governo italiano de pressionar o Panamá a retirar o seu pavilhão ao navio.

"Esta situação condena centenas de homens, mulheres e crianças, que buscam desesperadamente segurança, à morte no mar; e é um forte golpe contra o trabalho do 'Aquarius', a única embarcação de busca e resgate não-governamental ainda ativa no Mediterrâneo Central", alertam as ONG num comunicado.

Segundo o Panamá, a principal queixa das autoridades italianas é que "o capitão do navio se recusou a devolver os migrantes e refugiados ao local de origem".

Desde junho, devido à decisão do ministro do Interior transalpino, Matteo Salvini, que encerrou os portos italianos aos migrantes, o 'Aquarius' está proibido de atracar nos portos de Itália.

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