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Governo diz-se disponível para "melhorar" matriz de risco

Mariana Vieira da Silva remete decisão para depois da reunião de especialistas prevista para dia 27 de julho.

15 de julho de 2021 às 15:55

A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, disse esta quinta-feira que o Governo está disponível para "melhorar" a matriz de risco da pandemia da covid-19, depois da reunião de especialistas prevista para dia 27 de julho.

"O Governo não faz da matriz de risco que apresentou a única possível e está sempre disponível para a melhorar. Agora, nós ganhamos com a previsibilidade e com a utilização no tempo do mesmo instrumento", disse a ministra, na conferência de imprensa que se seguiu a Conselho de Ministros.

"Chegaremos ao Infarmed [a reunião que junta peritos e políticos] prontos para ouvir em que situação nos encontramos, que medidas podem vir a ser necessárias e que sistemas de acompanhamento podem acontecer a partir de agora, no momento em que temos uma percentagem muito significativa da população adulta já vacinada e todas as idades de maior risco já vacinadas", acrescentou.

Mariana Vieira da Silva considerou que a atual matriz foi "muito útil" entre março e junho deste ano na "resolução de muitos problemas" que surgiram "no território" e deu como exemplo o surto de Odemira, que "está hoje numa zona de baixo risco".

A ministra lembrou que "a matriz de risco é um instrumento que resulta de várias propostas de peritos" e "tem a vantagem de ser compreensível" e permitir "que cada concelho possa antecipar as medidas com as quais pode vir a viver nas semanas seguintes".

O Governo adotou, em março, uma matriz de risco da pandemia composta pela taxa de incidência de novos casos de infeção a 14 dias e pelo índice de transmissibilidade do vírus (Rt), que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de uma pessoa infetada com o SARS-CoV-2.

Além desta matriz, as autoridades de saúde divulgam, semanalmente, o relatório das "linhas vermelhas" da pandemia, composto por vários indicadores como o número de casos de infeção a 14 dias, o valor do Rt, o número de internados em cuidados intensivos, a proporção de testes positivos e de casos notificados com atraso e a evolução das variantes do vírus em circulação no país.

Uma equipa de especialistas apresentou na quarta-feira um novo indicador para determinar o estado da pandemia, esperando que seja adotado como futura matriz.

A proposta, que resultou de um "trabalho de equipa" de especialistas do Instituto Superior Técnico e da Ordem dos Médicos, não deita fora os dois indicadores existentes -- incidência e transmissibilidade (Rt) --, mas complementa-os com mais três: letalidade, internamentos em enfermaria e internamentos em unidades de cuidados intensivos (UCI).

Na quarta-feira, o Ministério da Saúde garantiu que os indicadores propostos pela Ordem dos Médicos já são considerados nas decisões sobre pandemia e remeteu eventuais alterações para depois da próxima reunião do Infarmed.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.061.908 mortos em todo o mundo, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.187 pessoas e foram registados 920.200 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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