Trabalhadores de portaria e vigilância dos 38 museus, palácios e monumentos nacionais regressaram à greve, no quadro da paralisação em dias feriados que tem decorrido ao longo do ano.
Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, Convento de Cristo, em Tomar, Fortaleza de Sagres, ruínas de Conímbriga e o Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, estão entre os equipamentos encerrados este domingo, por causa da greve ao trabalho em dias feriados.
De acordo com Orlando Almeida, dirigente sindical da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), contactado pela Lusa, na região Centro o único monumento aberto é o Mosteiro da Batalha, "que está a funcionar a meio gás".
Na região Norte, segundo o sindicalista, estão também encerrados o Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, assim como o Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, que se contam entre os maiores equipamentos tutelados pela Museus e Monumentos de Portugal (MMP).
Segundo Orlando Almeida, em Lisboa, o Museu dos Coches encontra-se aberto apesar de ter trabalhadores em greve.
A Lusa contactou diferentes equipamentos por telefone, como o Museu Nacional Soares dos Reis e o Mosteiro dos Jerónimos, confirmando o encerramento ao público.
Os trabalhadores de portaria e vigilância dos 38 museus, palácios e monumentos nacionais, tutelados pela empresa pública MMP, regressaram hoje à greve, no quadro da paralisação em dias feriados que tem decorrido ao longo do ano, convocada pela FNSTFPS, por "falta de respostas do Governo" sobre as reivindicações, acrescentou Orlando Almeida.
O dirigente sindical não dispõe, até ao momento, de percentagens sobre a adesão à greve, hoje, uma contabilidade que "é muito difícil de fazer", notou, pelas características do setor e das funções.
A greve aos dias feriados, em curso desde a Páscoa, em abril, no universo da MMP, tem encerrado diferentes museus e monumentos portugueses, incluindo alguns dos mais visitados, como o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, a Fortaleza de Sagres e o Palácio dos Duques de Bragança, em Guimarães.
Contactado pela agência Lusa esta semana, Orlando Almeida recordou que, "desde a última reunião com a ministra da Cultura, Juventude e Desporto [Margarida Balseiro Lopes], e com o conselho de administração da MMP, em 15 de julho, não surgiu nenhuma proposta para ser analisada pelos trabalhadores".
"Continuamos à espera da resolução de um problema que apresentámos à tutela há mais de um ano", disse o dirigente, comentando que, depois da reunião com a ministra "surgiu alguma esperança de uma proposta a curto prazo, mas ainda não aconteceu".
Contactada na mesma altura pela agência Lusa por 'e-mail', sobre esta greve, a direção de comunicação da entidade pública empresarial MMP respondeu: "Nesta fase não temos mais comentários sobre o processo, continuando a trabalhar e em diálogo próximo".
A Lusa tentou contactar hoje a MMP, sem obter resposta até ao momento.
Os trabalhadores dos museus, monumentos e sítios arqueológicos geridos pela MMP exigem a "justa compensação" do trabalho prestado em dias feriados e também do trabalho suplementar, que consideram ser insuficientemente pago - e feito apenas até duas horas suplementares, embora por vezes tenham de trabalhar mais do que esse tempo no total, sustentam.
Num comunicado divulgado antes do anterior dia de greve, em 15 de agosto, a FNSTFPS lembrava que, "em 2024, os 38 equipamentos da Museus e Monumentos de Portugal tiveram uma receita de bilheteira de 21.217.432,00 de euros", obtida com "o turismo e as visitas de estudo organizadas pelas escolas, confirmando o papel central do património na cultura".,
"Há anos que este problema se arrasta, sem que os sucessivos governos do PSD e do PS, com ou sem CDS, tenham tomado uma decisão no sentido de valorizar o trabalho prestado em dias feriado", argumentavam ainda, no comunicado.
Nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais geridos pela MMP, entre os quais o Palácio Nacional de Mafra, o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém (Lisboa), o Convento de Cristo (Tomar), o Museu Nacional Grão Vasco (Viseu) e o Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo (Évora), trabalham cerca de mil funcionários, estimou, em abril, o dirigente sindical Orlando Almeida.
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