IPO fala em adesão de 28% e sindicatos em 90% de grevistas.
A greve de dois dias dos médicos do IPO-Porto, que esta quinta-feira começou, está a ser "bastante participada" e a obrigar ao "adiamento de grandes cirurgias e de centenas de consultas", disse fonte sindical à agência Lusa.
"Está a ser uma greve bastante participada, embora ainda seja cedo para termos a visão completa. De qualquer forma, sabemos que várias grandes cirurgias estão a ser e vão ser adiadas, assim como centenas de consultas. Pedimos, desde já, desculpas aos nossos doentes por causa disso, mas estamos a lutar pela segurança deles", afirmou a oncologista Joana Bordalo e Sá, delegada do Sindicato dos Médicos do Norte.
Joana Bordalo e Sá salientou que este protesto, que conta com o apoio da Ordem dos Médicos, tem como "um dos objetivos o cumprimento do descanso obrigatório, após o trabalho noturno, de acordo com a lei e por indicação do Ministério da Saúde, tendo em vista a segurança dos doentes".
"Eu não vou entrar na guerra de números, para nós isso não é importante, para nós os doentes não são números, são pessoas que merecem ser tratadas com respeito, com dignidade e com segurança e é por isso que estamos a lutar", acrescentou.
A greve decretada pelo Sindicato dos Médicos do Norte (SMN) visa protestar contra a ilegalidade de os médicos "continuarem impedidos de cumprir o descanso compensatório, após o trabalho noturno".
De acordo com o sindicato, esta situação obriga os clínicos a trabalharem "pelo menos 30 horas seguidas, colocando em risco a saúde e segurança dos doentes oncológicos", mas, em declarações recentes à Lusa, a administração do Instituto de Oncologia do Porto considerou esta paralisação "inoportuna e injustificada".
Guerra de números
A administração do Instituto Português de Oncologia do Porto disse esta quinta-feira que a greve dos médicos teve uma adesão de 28% enquanto o Sindicato dos Médicos do Norte refere uma adesão superior a 90%.
Segundo avançou à Lusa fonte do conselho de administração do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, "dos 263 médicos escalados, apenas 74 fizeram greve", o que corresponde a uma adesão de 28%.
Por seu lado, o Sindicato dos Médicos do Norte (SMN) referiu "uma adesão superior a 90% na generalidade dos serviços". "Esta forte adesão demonstra inequivocamente o isolamento do conselho de administração em relação ao corpo clínico, que não suporta mais continuar a ser objeto de todo o tipo de ilegalidades, arbitrariedades, chantagens e mesmo perseguições", refere o sindicato em comunicado.
O SMN sublinha que, "apesar das chantagens e das manobras de diversão" dos últimos dias e mesmo "das ameaças do conselho de administração e algumas direções de serviços, a esmagadora maioria dos médicos daquela instituição iniciou uma paralisação que se estenderá ao dia de amanhã [sexta-feira], com uma adesão superior a 90% na generalidade dos serviços".
"E a prova disso é que serviços que nem fazem urgência estão apenas a cumprir os serviços mínimos - casos, por exemplo, da Anestesia, Urologia, Medicina Interna e Pediatria", sustentou.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.