Enquanto o bloco de partos do Hospital de Santa Maria estiver fechado para obras os serviços vão ficar concentrados no Hospital S. Francisco Xavier.
Sete grávidas foram reencaminhadas do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, para realizarem os seus partos em hospitais privados desde o início deste mês, adiantou esta quinta-feira à Lusa o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN).
"Desde o dia 2 de julho, o CHULN encaminhou, em coordenação com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), sete grávidas para unidades privadas" e durante o mesmo período, foram realizados 56 partos no Hospital de Santa Maria, o maior do país, avançou o centro hospitalar.
"Estes encaminhamentos de grávidas de baixo risco, previstos no plano `Nascer em Segurança 2023´, têm como objetivo a preservação da capacidade diferenciada do CHULN no cumprimento da sua missão de fim de linha, assegurando a resposta a partos complexos, de maior risco ou prematuros", salientou.
Em 2 deste mês, o centro hospitalar anunciou que as grávidas de baixo risco referenciadas para o Hospital de Santa Maria poderiam ser reencaminhadas para hospitais privados devido a "constrangimentos na escala clínica" da sala de partos.
Em comunicado, o CHULN explicou que esta decisão surgiu na sequência da "indisponibilidade de prestação de trabalho extraordinário acima das 150 horas anuais assumida por médicos do departamento e da demissão de chefes de equipa da Urgência de Obstetrícia e Ginecologia".
"Devido a constrangimentos da escala clínica, a sala de partos do Hospital de Santa Maria vai funcionar, nos próximos dias, com adaptações no volume de grávidas em trabalho de parto encaminhadas de outras instituições", referiu a mesma nota informativa.
De acordo com o CHULN, as equipas do Hospital de Santa Maria continuarão a assegurar os partos de alto risco, mas "por uma questão de previsibilidade para as famílias acompanhadas no CHULN, foi acionado o mecanismo extraordinário de colaboração com instituições privadas, previsto no plano sazonal de verão 'Nascer em segurança no SNS'".
A área maternoinfantil do CHULN vai receber obras de requalificação já a partir deste verão, num investimento total superior a seis milhões de euros, que deverão demorar nove meses.
Este investimento prevê a construção de 12 novos quartos de parto, dois blocos operatórios e uma sala de observações, num total de cerca de mil metros quadrados de área nova a ser construída.
Está também prevista a remodelação e ampliação do internamento de puérperas (período desde o parto até ao restabelecimento das mães), a remodelação das instalações para a ecografia obstétrica e a expansão do Serviço de Neonatologia.
Está previsto que, enquanto o bloco de partos do Hospital de Santa Maria estiver fechado para obras - em agosto e setembro -, os serviços fiquem concentrados no Hospital S. Francisco Xavier (Centro Hospitalar Lisboa Ocidental), que a partir de 1 de agosto volta a funcionar de forma ininterrupta sete dias por semana.
Cerca de meia centena de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais juntaram-se esta quinta-feira à entrada do Hospital de Santa Maria contra o encerramento maternidade no verão e pelo fim do envio de grávidas para hospitais particulares.
A ação visou também contestar a exoneração em junho do diretor de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução, Diogo Ayres de Campos, com a administração do CHULC a alegar que o médico tinha, "de forma reiterada, colocado em causa o projeto de obra e o processo colaborativo com o Hospital São Francisco Xavier, durante as obras da nova maternidade do Hospital Santa Maria".
No final de junho, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, considerou que as obras no bloco de partos do Hospital Santa Maria são "mesmo uma urgência" e não poderiam decorrer com o serviço a funcionar.
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