Mais de 600 mil portugueses sofrem de incontinência urinária.
A incontinência urinária pode ter uma taxa de cura até 90 por cento. Mas mesmo com as probabilidades a apontarem a favor de uma recuperação total, a maioria dos portugueses deixa-se tomar pela vergonha e opta por minimizar, ou até mesmo ocultar, os sintomas aos profissionais de saúde e da própria família. Aos elevados custos financeiros, em fraldas e outros produtos higiénicos, soma-se um devastador custo emocional.
Os últimos dados sobre o impacto da doença, relativos a 2008, estimam que existam mais de 600 mil portugueses a sofrer em silêncio.
Heidi Gruner, médica assistente de medicina interna, explicou ao Correio da Manhã que, apesar de estes serem "dados reais", são apenas "a ponta do icebergue, porque a tendência é de que venham a aumentar exponencialmente com o envelhecimento progressivo da população." "As pessoas não se queixam da doença, mesmo havendo hipótese de cura até 90 por cento" através de procedimentos cirúrgicos e outros tratamentos, refere a especialista do Hospital Curry Cabral, em Lisboa.
A incontinência urinária define-se, segundo a Sociedade Internacional de Continência, como "pelo menos um episódio de perda involuntária de urina no último mês", quer seja de cariz crónico ou transitório.
Com vários subgrupos, há dois tipos da doença que se destacam: a incontinência urinária de esforço e a de urgência. O primeiro é mais frequente em mulheres a partir dos 45 anos, cujo pavimento pélvico não tem capacidade para conter a urina, e ações como pegar em pesos, rir ou tossir podem causar perdas.
O segundo tipo (incontinência de urgência) é mais comum nos homens, a partir dos 40 anos. Causa uma incapacidade de alcançar a casa de banho a tempo e está associada à hipertrofia benigna da próstata, bem como à estimulação nervosa.
Estudo sugere especialização de enfermeiros
Um estudo elaborado por uma universidade holandesa, apresentado no Fórum Global da Incontinência, recomenda a aposta na especialização de enfermeiros e outros profissionais de saúde, de forma a reduzir o número de doentes acompanhados por urologistas. A diminuição do tempo de espera de consulta é um dos benefícios apontados.
Doença mais comum entre mulheres
A incontinência urinária é mais frequente no sexo feminino. Na faixa etária dos 45 aos 65 anos, a proporção de casos é de três mulheres para cada homem diagnosticado. A incidência da doença aumenta com o envelhecimento ou depois de um parto natural, com o enfraquecimento dos músculos do pavimento pélvico. Após a menopausa, atinge cerca de 25% das mulheres.
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