Zolgensma e Spiranza são os dois remédios que podem salvar a bebé esperança que está a comover o país.
Saiba as diferenças entre os dois medicamentos utilizados para curar a doença de Matilde
Para tratar a Matilde e os outros bebés que sofrem de Atrofia Muscular Espinhal (AME) é preciso perceber o que é doença. A AME é causada pela mutação de um gene que impede que seja produzida uma proteína essencial para as células que controlam os nossos músculos e permite que esses possam contrair. Na prática, isto faz com que as crianças não consigam por exemplo, mexer os braços, engolir ou mesmo respirar.
O medicamento mais caro do mundo é o primeiro que pretende resolver o problema de raiz. O Zolgensma foi criado para levar uma cópia saudável do gene para que a proteína possa ser produzida e assim os músculos possam ganhar algumas das suas forças. Na prática vai concertar a célula danificada.
De diferente forma funciona o medicamento atualmente autorizado em Portugal, o Spinraza. Quando atua tem o objetivo de retardar os efeitos da falta de proteína, o que permite que a criança recupere alguns movimentos, mas apenas atrasa o processo.
As tomas também são em si muito diferentes. O atual medicamento utilizado tem de ser tomado em várias vezes. O primeiro tratamento deve ser feito o mais depressa possível e é o mais caro. Depois, todos os anos, o doente vai ter de ser sujeito a uma intervenção para receber o remédio, uma vez que o Spinraza só pode ser dado em ambiente hospitalar.
Já o novo Zolgensma é de uma injeção única que pode demorar perto de uma hora, uma vez que o remédio é colocado na corrente sanguínea. Até hoje, os exames apontam para que seja necessário apenas esta intervenção mas nada garante que passado alguns anos seja necessária nova toma.
Este novo medicamento para curar a doença de Matilde tem um custo que ronda os dois milhões de euros, e por isso é considerado o medicamento mais caro do mundo. Mas no entanto, o Spiranza acaba por ficar mais caro ao longo dos anos, devido às diferentes tomas necessárias.
A primeira custa perto de 670 mil euros. No ano a seguir é necessário tomar outra injeção que pode custar perto de 335 mil. E nos restantes anos o tratamento tem de voltar a ser feito, durante uma década. Contas feitas, em dez anos o medicamento que é suportado pelo Estado pode ficar perto dos quatro milhões de euros.
Mas mais do que os números, a grande questão é a autorização. Neste momento o medicamento que é apelidado de mais caro do mundo só é autorizado nos EUA. Na Europa, ainda não há luz verde para o remédio e Portugal não pode simplesmente mandar vir o medicamento. Caso haja autorização para utilizar o Zolgensma será o Serviço Nacional de Saúde a suportar o custo.
Para já sabe-se que a Europa e o Japão contam dar luz verde ao remédio até ao final do ano, algo que pode ser acelerado devido à mediatização do caso Matilde, uma em perto de dez casos conhecidos em Portugal.
O medicamento foi comprado pela Novartis, um gigante do mundo das farmacêuticas que detém vários produtos ligados a tratamentos oncológicos e oftalmológicos. Mas também detém nomes como o Voltaren, mais conhecido para tratar as dores musculares.
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