Fase diocesana do processo vai ser lacrada no dia 13 pelo bispo de Coimbra.
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No locutório de clausura do Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, a irmã Ana Sofia, responsável da Congregação pelo processo de canonização da irmã Lúcia, disse ao CM que a vidente de Fátima queimou milhares de cartas e que todos os dias chegam ao Carmelo relatos de graças divinas concedidas por intermédio da mais velha dos Três Pastorinhos.
Correio da Manhã - O processo contém 11 mil cartas de Lúcia. Não são todas as que escreveu?
Irmã Ana Sofia – Não, longe disso. Por um lado, não conseguimos recuperar muitas das que ela escreveu para pessoas de muitas partes do mundo e, por outro lado, ela queimou milhares de cartas que recebeu, o que inviabilizou a procura das respostas.
- Porque queimou as cartas?
- Porque era muita correspondência, milhares e milhares de cartas, e ela não tinha onde as guardar. Era uma religiosa, tinha de se cingir às regras da Congregação e a sua exígua cela não permitia guardar essas cartas todas. Por isso, respondia e queimava a carta que tinha recebido. Na verdade, só em 1980 os superiores lhe disseram para guardar a correspondência, porque, afinal, ela era a vidente de Fátima.
- Arranjaram-lhe, então, espaço?
- Sim. Forneceram-lhe malas de viagem, em que ela colocava maços de cartas com a inscrição "correspondência que eu costumava queimar". No final, encontramos guardadas 70 malas cheias de cartas.
- Foi essa a razão da demora na conclusão deste processo?
- Também. O que fez com que o processo demorasse quase oito anos foi o facto de estarmos perante uma vida longa, de quase 98 anos, cheia de acontecimentos tão diversos e tão importantes, e também a elevada quantidade de documentação escrita, em que se incluem, naturalmente, as cerca de 11 mil cartas que conseguimos reunir.
- Valeu a pena a espera?
- Com certeza. Pensamos que está um trabalho bem feito, como a irmã Lúcia merecia, e optamos por fazê-lo assim em vez de fazermos as coisas muito depressa.
- Foi encontrado algum eventual problema teológico na documentação analisada?
- A irmã Lúcia era muito transparente e escrevia o que lhe ia na alma. Os teólogos declararam que não encontraram qualquer problema teológico.
- Depois da morte da irmã Lúcia, começaram a chegar relatos de graças. Serão milagres?
- Estamos em crer que algumas dessas graças relatadas serão milagres, mas essa é uma questão para analisar mais à frente. Desde o falecimento da irmã Lúcia já recebemos mais de 1500 relatos de graças.
- Que género de graças?
- Na verdade, graças de todo o tipo, desde curas de doenças, conversões, ajudas para encontrar emprego e vários casos de mães que não podiam engravidar e que só o conseguiram com a ajuda de Lúcia.
- Têm conhecimento de alguns desses casos?
- Temos de alguns. Um, por exemplo, terá ocorrido mesmo no dia do funeral da irmã Lúcia. Uma jovem mãe, que há cinco anos tentava engravidar, pediu, junto ao féretro, ajuda para ter um filho. Um mês depois ficou grávida.
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