Para os profissionais de saúde, os ganhos traduzem-se em maior segurança clínica, acesso rápido ao histórico do utente, redução do erro e simplificação dos processos.
Mais de 470 milhões de receitas sem papel foram emitidas ao longo da última década em Portugal, numa transformação digital que permite atualmente a prescrição média de 244 receitas eletrónicas por minuto, revelam dados esta quinta-feira divulgados.
Em 10 anos, foram emitidas 471,7 milhões de receitas totalmente desmaterializadas, no âmbito de "um projeto que revolucionou o setor da saúde e acelerou a transformação digital em Portugal", salientam os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) num balanço divulgado no Dia Nacional da Sustentabilidade.
Os SPMS afirmam que "a Receita Sem Papel acrescenta valor ao Serviço Nacional de Saúde e incrementa os benefícios para cidadãos, médicos, farmacêuticos e todo o sistema de saúde" e os "números são expressivos".
Destacam que mais de 2,63 mil milhões de embalagens de medicamentos foram prescritas através deste modelo digital. Destas, foram dispensadas ao longo de uma década nas farmácias, 1,74 mil milhões de embalagens.
A título de curiosidade, o dia com maior número de receitas eletrónicas emitidas foi a 7 de janeiro de 2020, com quase 243 mil, e 2019 foi o ano com o maior número de emissões, mais de 53 milhões.
No entanto o recorde mensal é recente: em agosto de 2025 registaram-se mais de 7 milhões de prescrições sem papel.
Segundo os SPMS, a taxa de adesão à Receita Sem Papel evoluiu de forma consistente e, em 2025, ronda os 96,5%.
"Atualmente, são prescritas, em média, 244 receitas por minuto, em dias úteis, no horário entre as 08:00 e as 20:00", salientam, considerando que este modelo "é um caso de sucesso de inovação tecnológica, que reduziu significativamente o consumo de papel e permitiu relevantes ganhos de sustentabilidade".
Em 2015, o arranque da Receita Sem Papel pautou-se por desafios, desde a adesão de médicos prescritores e a adaptação tecnológica dos sistemas clínicos, à mudança cultural necessária para abandonar o papel.
"Hoje, a evolução é clara, com a introdução da assinatura digital, a interoperabilidade com farmácias e a integração transfronteiriça", realçam os SPMS.
Para os profissionais de saúde, os ganhos traduzem-se em maior segurança clínica, acesso rápido ao histórico do utente, redução do erro e simplificação dos processos de prescrição.
Para as farmácias, significa validação automática, maior rapidez no atendimento, eliminação de problemas de legibilidade e, mais recentemente, a obrigatoriedade da faturação eletrónica, com vantagens acrescidas ao nível da transparência e eficiência administrativa.
Os cidadãos beneficiam de maior comodidade, segurança e, sobretudo, da possibilidade de garantir o acesso ao medicamento em qualquer lugar, a qualquer momento.
Para os SPMS, "os ganhos são relevantes, traduzindo-se numa redução significativa de custos, na simplificação de procedimentos e, através dos seus mecanismos antifraude, numa monitorização apurada e na rápida deteção de irregularidades".
Adiantam que o próximo passo passa pela integração de ferramentas de inteligência artificial (IA), já em desenvolvimento pelos SPMS, que deverão reforçar a eficiência, a segurança e a personalização na prescrição eletrónica".
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