Lista de espera para cirurgia oncológica subiu no primeiro semestre. Mais de 1220 utentes já tinham ultrapassado o tempo máximo de resposta garantido.
A lista de espera para cirurgia oncológica subiu 4,7% no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2024. O relatório de monitorização aos tempos de espera no SNS, divulgado esta sexta-feira pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), indica que no final de junho havia um total de 7538 utentes à espera por uma cirurgia oncológica programada, a grande maioria - 7468 - nos hospitais públicos. De acordo com a ERS, 16,3% dos doentes (1229) que aguardavam por cirurgia viram os tempos máximos de resposta garantidos (TMRG) ultrapassados. Nos primeiros seis meses do ano foram realizadas 37195 cirurgias oncológicas, das quais 92,6% em unidades de saúde do SNS, num aumento de atividade global de 6,9%. Segundo a ERS, o crescimento da atividade cirúrgica dos hospitais públicos poderá ser justificado pelo regime excecional de incentivos criado pelo Governo, para a redução das listas de espera dos utentes com suspeita ou confirmação de cancro, fora dos TMRG.
O relatório da ERS revela ainda que, em 30 de junho, havia um total de 200307 utentes em lista de espera cirúrgica (excluindo as oncológicas e cardíacas). Destes 200 mil utentes, 192209 aguardavam nos hospitais do setor público, 3593 em hospitais protocolados e 4505 em hospitais de destino - inclui unidades do privado e social com convenção com o SNS. No primeiro semestre foram realizadas 334339 cirurgias de várias especialidades, das quais 305717 nos hospitais do SNS.
Hospitais com um terço de cirurgias fora do prazo
O relatório da ERS indica que os hospitais do SNS com maior taxa de cirurgias realizadas fora do TMRG são a ULS Barcelos-Esposende (36,1%), ULS Arrábida (31,7%) e ULS Alto Ave (28,4%). As entidades públicas com menor percentagem de cirurgias fora do TMRG são a ULS Castelo Branco (1,7%), e o IPO do Porto e a ULS Litoral Alentejano (1,9%). No que respeita às consultas, as unidades com maior percentagem fora do TMRG são o IPO de Lisboa (90,6%), a ULS Tâmega e Sousa (70,5%) e a ULS Alto Ave (68,1%). No lado oposto, a entidade com melhor prestação é o IPO do Porto, onde apenas 1,4% das consultas foram realizadas após o Tempo Máximo de Resposta Garantido.
Quase 13 mil muito prioritárias
Nos primeiros seis meses do ano, quase 13 mil utentes operados foram considerados muito prioritários, mais cerca de mil face ao período homólogo. Destas cirurgias, 1845 das realizadas no SNS foram-no em incumprimento (fora do TMRG), apesar de estarem classificadas como muito prioritárias. Já as cirurgias prioritárias foram cerca de 60 mil, e as restantes cerca de 260 mil tinham prioridade normal.
Espera de quase 27 dias
A mediana de tempo de espera nas cirurgias oncológicas foi de 26,7 dias no público. No caso das cirurgias cardíacas, a mediana de espera foi de 15,4 dias. No primeiro semestre, foram realizadas 4904 cirurgias de cardiologia.
Emitidos 68780 vales-cirurgia
No primeiro semestre foram aceites pelo utente e pelo hospital 18,6% dos 68780 vales-cirurgia e notas de transferência emitidos pelo Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia.
974 mil à espera de consulta
No final de junho havia 974770 utentes a aguardar por uma primeira consulta nos hospitais públicos, um aumento de 25,6% face ao primeiro semestre de 2024. Mais de metade (56,6%) já tinha ultrapassado o TMRG.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.