A edição de hoje
18 956 óbitos em cinco anos por tumor maligno pulmonar.
O cancro no pulmão é o que mais mata em Portugal. Só em cinco anos, entre 2010 e 2014, este tipo de tumor maligno causou 18 956 óbitos, 3927 dos quais ocorridos em 2014, segundo os últimos dados do Programa Nacional das Doenças Oncológicas, divulgados ontem em Lisboa.
"A nossa maior preocupação é o cancro no pulmão porque é o que mais mata e o que pode ser mais facilmente alterado, pois depende muito diretamente de um fator evitável [fumar]", afirmou Nuno Miranda, coordenador do Programa Nacional das Doenças Oncológicas.
Segundo o oncologista, o cancro colorretal apresenta uma "importância significativa", apesar da ligeira diminuição da mortalidade, que passou dos 2724 óbitos em 2013 para 2687 em 2014.
O rastreio do cólon é, sublinha Nuno Miranda, "fundamental" para um diagnóstico precoce. A falta de rastreios, em especial na região de Lisboa e Vale do Tejo, é uma situação que vai ser resolvida. A garantia foi dada por Fernando Araújo, secretário de Estado adjunto e da Saúde: "Já existem rastreios de base populacional, exceto em Lisboa, e vamos torná-los nacionais para o cancro no cólon, mama e útero." Quanto à falta de resposta de alguns hospitais públicos, fazendo aumentar os tempos de espera para cirurgia, o governante admite, nesses casos, o recurso ao setor privado para "não prejudicar os doentes que precisam de tratamento".
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