Decisão foi comunicada após a conclusão da reunião dos sindicatos que representam os médicos, que decorreu em Coimbra.
Médicos convocam greve para 23, 24 e 25 de novembro
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) convocaram hoje uma greve para os dias 23, 24 e 25 de novembro por considerarem "insustentável" a situação do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"A situação a que chegou o SNS e o nível a que estão a ser sujeitos em termos de condições de trabalho dos médicos são insustentáveis, sendo que as propostas em relação ao Orçamento do Estado para os médicos e SNS são de tal modo insuficientes que mal merecem a nossa consideração", disse aos jornalistas o presidente da FNAM, Noel Carrilho, no final de uma reunião dos dois sindicatos em Coimbra.
Noel Carrinho salientou que os problemas já estão identificados desde o período pré-pandemia de covid-19 e que as soluções apresentadas já têm anos, como "a necessidade de adequar as condições de trabalho dos médicos àquilo que é a sua responsabilidade e desgaste da profissão".
"Portanto, é essencial que se crie uma negociação série do acordo coletivo de trabalho dos médicos, que o traga para o século XXI e para aquilo que é a exigência atual da medicina", frisou.
Os médicos vão avançar com uma greve geral nos dias 22, 23 e 24 de novembro. A decisão foi comunicada após a conclusão da reunião dos sindicatos que representam os médicos, que decorreu em Coimbra.
Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), defendeu que se hão existir "este grito de alerta a situação irá piorar".
"As dificuldades são evidentes um pouco por todo o país, os médicos deram oito milhões de horas extraordinárias e, apesar dos esforços que têm feito, não conseguem aguentar mais", afirmou Roque da Cunha.
Secretário-geral do SIM lembrou que os problemas não são novos, mas já se sentiam antes da pandemia.
"Fazemos esta greve com um coração apertado porque sabemos que os nossos médicos podem ser prejudicados", acrescentou.
Roque da Cunha diz que está nas mãos do Governo evitar a greve, que poderá ser desconvocada se houver "investimento no SNS".
Para o secretário-geral do SIM, o Governo deve "fazer aquilo que a lei prevê, que é chamar os sindicatos, que já assinaram 36 acordos em conjunto com as mais diversas entidades, para que o SNS não se afunde".
"Se nada for feito em termos de investimento no SNS para fixar os médicos, para criar condições para as pessoas se sentirem confortáveis, para que existam meios e equipamentos e locais aprazíveis nos centros de saúde para as populações, é perfeitamente impossível estarmos numa situação destas", considerou o secretário-geral do SIM.
"Não sendo feito nada, este SNS deixa de ter médicos, pessoas qualificadas, e, portanto, se não dermos este grito de alerta a situação irá piorar muito, com certeza", vaticinou.
O secretário-geral do SIM lamentou ainda que desde que a atual ministra da Saúde, Marta Temido, tomou posse os sindicatos médicos não tenham sido recebidos, apesar dos seus pedidos de audiência, "o que estranhamos, porque se quebrou uma tradição e uma prática".
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