Suspensão do projeto de construção foi aprovada na Assembleia da República, durante a votação na especialidade do OE2020.
O Metropolitano de Lisboa afirmou esta terça-feira que a construção da linha circular, que foi, entretanto, suspensa, iria reduzir o "número de viaturas de transporte individual" na cidade, os "níveis de emissões poluentes e do espaço ocupado" na via pública.
De acordo com o comunicado divulgado pela empresa, entre "as vantagens" da construção da linha circular estão a redução do "número de viaturas de transporte individual" que entram em Lisboa, através da captação de pessoas que atualmente se deslocam com viatura pessoal, uma vez que "o prolongamento Rato/Cais do Sodré" vai servir zonas da cidade que ainda não estavam "cobertas pelo serviço" do Metro de Lisboa.
A suspensão do projeto de construção da linha circular foi aprovada a 5 de fevereiro, no Assembleia da República, durante a votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), na sequência de propostas apresentadas pelo PCP e pelo PAN.
A nota emitida pelo Metropolitano de Lisboa sublinha que a suspensão do projeto vai colocar em causa o reforço "de forma expressiva" da oferta para pessoas que se deslocam entre Lisboa e os concelhos de Cascais, Oeiras, Montijo, Seixal e Almada, uma vez que dispõem de "ligações diretas" ao Cais do Sodré.
"Reduzir os níveis de emissões poluentes e do espaço ocupado na via pública pelo transporte individual" era outro dos benefícios enunciados pela empresa, assim como o aumento da totalidade de passageiros.
O Metropolitano de Lisboa explica que "haverá clientes que, mesmo não utilizando as duas novas estações [incluídas no projeto], passarão a usar essa nova linha" por não haver necessidade de "fazer transbordos", como acontece atualmente nas estações de Marquês de Pombal (linha Amarela) e Cais do Sodré (linha Verde).
O comunicado refere também que as conclusões de vários estudos realizados, em 2009 e 2017, apontaram como "prioritário o prolongamento da linha Amarela entre o Rato e o Cais do Sodré, sob a forma de um anel envolvente" na zona central da cidade, face aos outros "prolongamentos propostos, nomeadamente o de São Sebastião/Campo de Ourique".
A proposta do PCP, que defendia que fosse dada prioridade à extensão da rede metropolitana até Loures, bem como para Alcântara e zona ocidental de Lisboa, foi aprovada no parlamento com os votos a favor do PSD, BE, PCP, CDS, PAN e Chega, a abstenção da Iniciativa Liberal e o voto contra do PS.
Já a do PAN obteve os votos favoráveis do PSD, BE, PCP e Chega, os votos contra do PS e da Iniciativa Liberal e a abstenção do CDS.
O PAN propunha que o Governo realizasse um estudo técnico e de viabilidade económica, que permita uma avaliação comparativa entre a extensão até Alcântara e a Linha Circular.
O executivo terá ainda de fazer, segundo a proposta, "os estudos técnicos e económicos necessários com vista à sua expansão prioritária para o concelho de Loures" e "uma avaliação global custo-benefício, abrangendo as várias soluções alternativas para a extensão da rede para a zona ocidental" da cidade.
O relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado, conhecida em dezembro, referia que as obras de expansão do Metropolitano de Lisboa, orçadas num total de 210 milhões de euros, iriam arrancar no segundo semestre deste ano, quando inicialmente estavam previstas para o primeiro semestre.
O projeto prevê a criação de um anel envolvente da zona central da cidade, com a abertura de duas novas estações: Estrela e Santos.
O objetivo é ligar o Rato ao Cais do Sodré, obtendo-se assim uma linha circular a partir do Campo Grande com as linhas Verde e Amarela, passando as restantes linhas a funcionar como radiais - linha Amarela de Odivelas a Telheiras, linha Azul (Reboleira - Santa Apolónia) e linha Vermelha (S. Sebastião - Aeroporto).
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, considerou em 05 de fevereiro que a decisão do parlamento é "gravíssima" e vai adiar "durante muitos anos" a expansão da rede do metropolitano.
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