Vão estar empenhadas na vigilância 35 patrulhas de norte a sul do país e na Região Autónoma da Madeira.
A missão de vigiar a floresta para detetar incêndios envolve diária e permanentemente, durante o verão, 250 militares do Exército, um trabalho que visa ainda dissuadir maus comportamentos e sensibilizar as populações.
De acordo com dados do Exército, são 35 as patrulhas empenhadas na vigilância e deteção de incêndios em florestas de norte a sul do país e na Região Autónoma da Madeira.
"Os nossos militares fazem vigilância e fazem, sobretudo também, presença dissuasora", afirmou o coronel de infantaria Manuel Cavaco, comandante do Regimento de Infantaria 19 (RI19), em Chaves, distrito de Vila Real.
Diariamente, entre 01 de julho e 30 de setembro, uma patrulha sai do RI19 em direção ao concelho de Boticas com a missão de vigiar a mancha florestal que é principalmente constituída por pinheiro bravo.
A agência Lusa acompanhou o percurso feito pelo tenente Eduardo Serra, comandante da patrulha, e o cabo José Gomes (condutor) neste concelho do norte do distrito de Vila Real. No total, o RI19 empenha 30 militares nestas patrulhas.
"A nossa principal missão é controlar qualquer foco de incêndio ou qualquer possível ameaça, ou seja, pessoas que possam estar a gerar um incêndio e, depois, avisar as autoridades competentes quando avistamos algo do género", afirmou o tenente.
Na viatura todo-o-terreno seguem dois militares, o percurso prolonga-se das 14:00 às 21:00, é aleatório e delineado de acordo com as condições meteorológicas e o risco de incêndio para o dia.
Antes, é preparado o material, como binóculos, rádios e documentação de controlo e registos, e são verificadas as condições da viatura militar, quer seja a pressão dos pneus ou níveis de óleo e combustível.
O percurso acompanhado pela Lusa começou em Boticas, passou por Fiães do Tâmega, Curros e Veral. O itinerário é sempre circular, passa ainda por pontos baixos e altos, como miradouros onde é possível ter uma visão mais ampla, e zonas com maior risco.
"Sempre que passamos em localidades estabelecemos contacto com a população, perguntamos se está tudo bem, se não há nada fora do normal", explicou Eduardo Serra, que realçou que estas patrulhas dão um grande contributo na prevenção dos incêndios.
Assim, acrescentou, "há sempre mais alguém no terreno a vigiar".
Esta ação acontece no âmbito de um protocolo assinado entre o Exército e a Câmara de Boticas. No país estão em vigor protocolos ainda com os municípios de Tavira, São Brás Alportel, Monchique, Loulé, Sintra, Viana do Castelo, Braga e Mafra, no âmbito dos quais são empenhadas diariamente nove patrulhas dos diferentes regimentos do Exército.
"Nestes anos em que temos protocolo com Boticas tem havido um registo residual de ignições. Ou seja, é benéfico para a população ter a tropa a fazer vigilância e dissuasão", afirmou o comandante Manuel Cavaco.
O presidente da Câmara de Boticas, Guilherme Pires, realçou que a presença das Forças Armadas no concelho "reforça a vigilância e a proteção da floresta, que é um dos maiores recursos" do concelho.
"O facto de circularem e de se mostrarem no terreno também funciona como um meio dissuasor de algum prevaricador que queira fazer alguma asneira", acrescentou o autarca.
Guilherme Pires apontou aos "bons resultados" alcançados com esta colaboração e explicou que, quanto as ignições são rapidamente detetadas, o combate é mais rápido e os fogos não atingem as proporções que poderiam atingir se a vigilância não fosse tão reforçada.
Em 2024, segundo o coronel Manuel Cavaco, as patrulhas em Boticas fizeram 13.300 quilómetros de percursos de vigilância e a área coberta foi de 320 quilómetros quadrados, números que prevê que se repitam em 2025.
Para além dos protocolos com os municípios, o Exército empenha ainda diariamente 16 patrulhas para vigilância e deteção no âmbito do protocolo Faunos, celebrado entre as Forças Armadas e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
Já de acordo com o plano de apoio militar de emergência do Exército, integrado no apoio das Forças Armadas à Proteção Civil, o Exército disponibiliza 10 patrulhas para vigilância e deteção.
No entanto, pode ainda mobilizar para todo o país diferentes recursos, desde destacamentos de engenharia ou módulos de intervenção em rescaldo e vigilância pós-incêndio, de alimentação, alojamento, recuperação de viaturas, transporte de pessoal, transporte e carga, reabastecimento de combustíveis e psicologia.
Depois, ao longo do ano, promove ações de formação, para capacitar os seus militares nas operações de apoio ao combate aos incêndios rurais.
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