Duarte Cordeiro realça o programa como uma das medidas "com maior alcance na poupança do rendimento das famílias".
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, defendeu esta quinta-feira o uso do transporte coletivo como a forma de mobilidade urbana "mais económica e sustentável", vantagens que "são ainda maiores" face ao aumento dos preços dos combustíveis.
Dois dias depois de ter tomado posse como membro do atual Governo, a primeira iniciativa de Duarte Cordeiro enquanto ministro do Ambiente e da Ação Climática foi o lançamento da Carris Metropolitana, marca única e integrada dos transportes urbanos da Área Metropolitana de Lisboa, que foi apresentada esta sexta-feira, dia em que se celebra o terceiro aniversário do passe Navegante, implementado no âmbito do Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART).
Duarte Cordeiro destacou a "importância transformadora" da marca Carris Metropolitana, num caminho de "reforço da oferta", que se insere no PART, programa lançado há três anos "com uma dupla intenção: reduzir o uso do automóvel nas áreas metropolitanas e reduzir a fatura da mobilidade dos portugueses".
Assumindo o compromisso de consolidar e valorizar as políticas herdadas do seu antecessor João Pedro Matos Fernandes, o atual ministro do Ambiente e da Ação Climática disse que "o desafio agora é manter e estabilizar o PART e fazer regressar aos transportes coletivos os passageiros perdidos por causa da pandemia" de covid-19, realçando o impacto do programa como uma das medidas "com maior alcance na poupança do rendimento das famílias".
No caso de agregados mais numerosos na periferia das áreas metropolitanas, resultou em "poupanças nunca inferiores a 200 euros por mês", acrescentou.
"Se foram desta magnitude em 2019, agora com a escalada dos preços dos combustíveis no mercado internacional fruto das consequências da guerra [na Ucrânia], as vantagens do uso do transporte coletivo são ainda maiores, é a mais económica e sustentável forma de mobilidade urbana", declarou o governante.
Como investimentos previstos na mobilidade metropolitana, Duarte Cordeiro destacou a aposta "na expansão dos Metropolitanos de Lisboa e do Porto, no transporte fluvial na Área Metropolitana de Lisboa e no apoio à aquisição de autocarros de baixas emissões, que ultrapassam os 1.200 milhões de euros", a que se junta a verba de "quase 1 000 milhões de euros" do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) dedicados à mobilidade sustentável, para reforçar as redes de metropolitano de Lisboa e do Porto, construir o metro ligeiro em Odivelas e Loures e reforçar a aposta em frotas de autocarros de limpos.
"De outro modo não será possível atingir as metas a que nos propusemos, das mais ambiciosas a nível europeu: reduzir as emissões de gases de efeito estufa no setor de mobilidade em 40% até 2030. Que não haja dúvidas que é mesmo este o nosso objetivo", frisou o ministro, manifestando a vontade de ouvir os autarcas, as organizações não governamentais do ambiente e as associações empresariais.
"Privilegio a construção de pontes ao invés da abertura de fossos [...], não trabalho para separar quando é possível juntar. Para quê rumar em sentidos contrários quando é possível unir esforços que produzam mais e melhores resultados?", afirmou.
Anfitrião da cerimónia que decorreu no Pátio da Galé, em Lisboa, com a participação dos 18 municípios que integram a Área Metropolitana de Lisboa, o presidente da câmara da capital, Carlos Moedas (PSD), disse que Duarte Cordeiro tem "a pasta mais importante do Governo, a Ação Climática", desejando-lhe sucesso no desempenho das funções de ministro e manifestando disponibilidade para colaborar.
Considerando que o lançamento da Carris Metropolitana "é um momento histórico", Carlos Moedas revelou que em breve irá apresentar ao executivo camarário a proposta de transportes públicos gratuitos para menores até 18 anos, estudantes até 23 anos e maiores de 65 anos, mas sem avançar com prazos para a implementação da medida.
Contudo, ressalvou, o orçamento municipal já prevê esse compromisso.
A presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, Carla Tavares (PS), sublinhou a importância do lançamento da Carris Metropolitana, indicando que "foi um caminho longo que só foi possível com o empenhamento dos municípios" e lembrando o trabalho do seu antecessor no cargo, Fernando Medina (PS).
A Carris Metropolitana, marca única e integrada dos transportes urbanos da Área Metropolitana de Lisboa, foi lançada oficialmente esta sexta-feira, entrando em funcionamento em 1 de junho na área de alguns municípios da margem Sul e nas restantes um mês depois.
A rede de serviço de autocarros será composta por cerca de 820 linhas rodoviárias, que servirão aproximadamente 2,8 milhões de potenciais utilizadores.
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