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Morte de doente sob investigação

Bombeiros, médicos e enfermeiros criticam o caos nas Urgências e a atuação do Governo.

10 de janeiro de 2015 às 16:12

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde está a investigar a morte de um homem de 77 anos que esteve quatro horas à espera de assistência nas Urgências do Hospital de São Bernardo, Setúbal. Diamantino Teixeira entrou nas Urgências no dia 2, às 21h42, com pulseira amarela, depois de estar a vomitar há mais de 24 horas.

O primeiro registo médico foi efetuado à 01h37. Acabou por falecer às 05h05. Foi a quarta morte desde o dia 26 de dezembro em contexto de demora na prestação de assistência em Urgências hospitalares.

A demora no atendimento no Serviço de Urgência do Hospital Amadora-Sintra também motivou o protesto dos bombeiros. A corporação de Algueirão-Mem Martins denunciou ontem que as macas ficam retidas várias horas. "Chegam a estar todas as [seis] ambulâncias retidas uma hora, e por vezes duas horas, na Urgência", refere o comandante Joaquim Leonardo.

Fonte do gabinete de comunicação da unidade reconhece os atrasos e adianta que já se iniciou a aquisição de 25 macas para reforçar a Urgência. Outra medida para diminuir o tempo de retenção é a transferência de macas de outros serviços.

Também a Federação Nacional dos Médicos criticou o Ministério da Saúde pela situação nas Urgências, e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses referiu que faltam 20 profissionais à equipa de Cirurgia 7 do Hospital Curry Cabral (Lisboa). Com a atividade gripal em período epidémico, a Direção-Geral da Saúde recomenda a vacinação e aconselha os utentes a evitarem contacto com pessoas doentes.

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