Descoberta de lápides romanas no Alto da Vigia, na Praia das Maçãs, distrito de Lisboa, remonta a 1505.
A escavação arqueológica no Alto da Vigia, no litoral de Sintra, pôs a descoberto vestígios romanos e islâmicos, considerados valiosos, recolhidos e estudados no Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas (MASMO).
A descoberta de lápides romanas no Alto da Vigia, na Praia das Maçãs, distrito de Lisboa, remonta a 1505, na construção de uma torre de facho, mas escavações realizadas desde 2008 revelaram outros vestígios romanos e islâmicos.
A atual campanha iniciada em setembro, inserida num projeto de investigação de quatro anos, incidiu sobre sepulturas do período islâmico e numa vala da fundação da torre da época de D. Manuel I.
Alexandre Gonçalves, que coordena o projeto arqueológico, explicou à Lusa que as inscrições encontradas na vala serão agora estudadas no MASMO, como o material de anteriores campanhas, com apoio de "uma equipa pluridisciplinar de investigadores em muitas áreas".
Os especialistas repartem-se por áreas como numismática, epigrafia e antropologia, e o projeto recorre ainda ao laboratório Hércules, da Universidade de Évora, e tem apoio direto da Câmara de Sintra.
Vestígios do santuário romano
No museu, além das peças descobertas no Alto da Vigia, já ali se encontravam expostos vestígios do santuário romano, antes da escavação, como é o caso de uma ara (monumento votivo) encontrada em Odrinhas.
"Temos uma ara datável de 140 d.C., da época de Antonino Pio, com a primeira linha muito partida, porque foi reutilizada como material de construção, onde se lê o início da palavra 'soli', o final da palavra 'oceano' e no meio teria também a evocação da lua", sublinhou José Cardim Ribeiro, diretor do MASMO.
No museu encontram-se outras lápides de maior dimensão, em bom estado de conservação, reaproveitadas num 'ribat' (convento) islâmico no Alto da Vigia, que também remete para o topónimo local Alconchel, arabização da palavra latina "concilium" (reunião), notou Cardim Ribeiro.
Além de cerâmicas e sepulturas islâmicas, sem espólio, do 'mirhab' (oratório) do 'ribat' foi recolhida uma ara do santuário romano, neste caso dedicada ao sol e ao oceano, por um procurador dos Augustos.
Na pedra desgastada pela erosão marítima, de 160 d.C., identifica-se Virius Agricola, que ali se deslocou com a família, e cujo filho ou sobrinho foi governador da Britânia.
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