A edição de hoje
Portas da Basílica de São Pedro fecharam-se às seis da tarde. Corpo de Francisco não voltará a ser visto pelos fiéis.
O relógio marcou as seis da tarde em Portugal, as portas da Basílica de São Pedro fecharam-se e o corpo do Papa Francisco não voltará a ser visto pelos fiéis. Uma hora depois do solene encerrar das portas, o caixão será fechado num rito reservado aos cardeais presentes em Roma. Não voltará a ser aberto.
A cerimónia começa com a leitura do ‘rogito’, em latim, em que o arcebispo Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas, relata os momentos principais da vida do falecido Papa. Em seguida, estende-se o véu de seda branca sobre o rosto do defunto, que é aspergido com água benta.
De imediato, é colocada uma tampa sobre o caixão de zinco, com a cruz, o brasão e uma placa com o nome ‘Franciscus’ e a duração da sua vida (1936-2025), assim como a do seu pontificado (2013-2025). É ainda colocado no interior do caixão um saco de veludo com todas as moedas e medalhas que foram cunhadas no seu pontificado.
O caixão de zinco é soldado, sendo depois impressos os selos do cardeal Camerlengo da Santa Igreja Romana, da Prefeitura da Casa Pontifícia, do Departamento para as Celebrações Litúrgicas e do Capítulo Vaticano. O caixão de madeira também é fechado, tendo na tampa a cruz e o escudo de armas do Papa. Esta tampa é o elemento visível no dia do funeral, na Praça de São Pedro.
Este sábado, pelas 08h45, hora de Roma, o corpo é transportado da Basílica de São Pedro para o adro, onde permanecerá durante a recitação do Rosário e a Missa Exequial. Como Francisco era Papa reinante, quando faleceu, a passagem do Evangelho é tirada do capítulo 21 de São João, relativa à missão de São Pedro, o primeiro Papa. Uma das intenções da oração universal vai ser lida em português, rezando pela justiça e pela paz entre as nações. No fim da Eucaristia, que será celebrada pelo cardeal Giovanni Battista Re, decorre o rito da última encomendação e do adeus. Francisco será o 8.º Papa a ser sepultado na Catedral de Santa Maria Maior. O último foi Clemente IX, em 1669.
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