Miguel Guimarães fez um balanço da iniciativa coordenada pela Ordem dos Médicos para vacinar todos os médicos que ainda não tinham tido acesso à vacina.
Mais de 2.500 médicos foram vacinados até terça-feira e cerca de 134 viram a sua vacinação adiada por já terem tido covid-19, uma situação que a Ordem dos Médicos (OM) pretende alterar, anunciou esta quarta-feira o bastonário Miguel Guimarães.
Miguel Guimarães fez hoje um balanço da iniciativa coordenada pela Ordem dos Médicos para vacinar todos os médicos que ainda não tinham tido acesso à vacina, cuja primeira fase já se encontra concluída no Porto e no Algarve, estando agora a decorrer em Lisboa e no próximo fim-de-semana será a vez de Coimbra.
Segundo os dados avançados em conferência de imprensa na sede Ordem dos Médicos, em Lisboa, foram vacinados até terça-feira 2.578 médicos.
Sobre os que ficaram por vacinar por já terem tido covid-19, o bastonário afirmou que se trata de "um grupo prioritário" e que tendo tido a doença covid-19 há algum tempo deveriam também ser vacinados.
"Estamos a trabalhar esta situação com o Ministério da Saúde, no entanto, cumprimos as regras e, portanto, temos cerca de 134 médicos que foram adiados por terem tido a doença covid-19", salientou.
Presente na conferência de imprensa, o pneumologista Filipe Froes avançou que a OM e o Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos estiveram reunidos na terça-feira com a Comissão Técnica de Vacinação da Direção-Geral da Saúde para discutir a vacinação das pessoas com infeção prévia, "até porque já há vários países que incluíram essas pessoas nos seus esquemas de vacinação".
"Foi uma reunião muito produtiva e muito frutífera", com base "numa ampla discussão científica" em que "não há qualquer dúvida da necessidade de vacinar as pessoas com infeção prévia, a questão está na escolha e na determinação da melhor altura para as vacinar, de maneira a garantir a eficácia maior da vacinação, e nalgumas dúvidas que há relativamente ao esquema de uma ou duas doses", disse o coordenador do gabinete de crise da OM.
Neste momento, adiantou, parece consensual que alguns países optaram por duas doses e há outros países que optaram por uma dose reservando a possibilidade de dar duas doses aos indivíduos imunodeprimidos.
"Outro aspeto que ficou determinado é que não há necessidade, à semelhança do que foi dito pelos outros países, de realizar estudos serológicos previamente para determinar o grau de proteção", disse Filipe Froes, adiantando que estão a aguardar o parecer definitivo da DGS que espera ser no sentido de "alargar a proteção de todos os portugueses e não esquecendo aqueles que já tiveram a infeção anteriormente e que estão neste momento em risco de infeção e em risco de gerar uma cadeia de transmissão".
Miguel Guimarães destacou, por seu turno, o trabalho realizado pelo coordenador da 'Task Force', o vice-almirante Gouveia e Melo, afirmando que tem "sido um líder nesta matéria no plano de vacinação que, aliás, se nota nos indicadores" que vão tendo conhecimento.
"O número de pessoas com 80 anos ou mais que foram vacinados está a crescer, e este é um sinal muito positivo", bem como o número de profissionais de saúde vacinados.
Para Miguel Guimarães, "essa liderança forte que o vice-almirante trouxe ao plano de vacinação é um sinal muito positivo no combate" que o país tem pela frente de tentar garantir que cerca de 70% da população portuguesa esteja vacinada até ao verão, o que considerou "um objetivo possível" se houver uma intervenção no plano de vacinação.
A OM sempre defendeu que os grupos prioritários devem ser os profissionais de saúde, as pessoas com mais de 80 anos, porque têm uma taxa de mortalidade "extraordinariamente elevada" que no caso de Portugal é cerca de 14%, enquanto nas pessoas na faixa etária dos 50/60 anos, independentemente das doenças, essa taxa é de 0,3%, salientou.
"Na altura definimos também como prioritários os lares. Eram estas as três prioridades, a partir daí se nós queremos cumprir o plano rapidamente, ter a eficácia que queremos para o país e para a proteção de todos os portugueses nós vamos ter que começar a vacinar por idades", defendeu.
No seu entender, é um processo "mais prático, tem menos complicações é mais percetível por todas as pessoas" e consegue "correr mais rápido, com menos riscos, com menos desperdícios e de forma mais fluida e nós conseguimos se calhar antecipar num mês a vacinação de todas as pessoas".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.