A edição de hoje
Quebra da natalidade e emigração explicam redução para 10,3 milhões.
Portugal contava em dezembro último com 10 367 800 habitantes. É necessário recuar 13 anos para encontrar um valor mais baixo: em 2001 viviam no País 10 362 700. A quebra da natalidade e a emigração crescente são os responsáveis pela redução populacional.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, o ano de 2010 marca a transição entre um período de crescimento demográfico para o atual processo de redução populacional. Em 2010 viviam no País 10 573 100 habitantes. Passados quatro anos, a quebra demográfica foi de 205 mil.
Por grupos etários – e numa comparação entre dezembro de 2014 e dezembro de 2013 –, a redução populacional atinge todos os grupos com idades inferiores a 44 anos. Pelo contrário, e devido ao envelhecimento, a população com uma idade superior a 45 anos aumentou.
De acordo com os resultados do Inquérito ao Emprego do 4º trimestre de 2014, do INE, a queda mais acentuada é na faixa etária dos 25 aos 34 anos. Neste núcleo populacional, que abrange a população licenciada recentemente empregada e também os casais jovens, a descida foi de 3,5%. O grupo das crianças e adolescentes até aos 15 anos observa o segundo maior decréscimo, com um recuo de 2,5%.
Em sentido inverso houve um acréscimo populacional de 1,7% na população com mais de 65 anos. Um em cada cinco portugueses está assim na idade da reforma.
A redução populacional entre os 25 e os 34 anos – motivada pela emigração – conduziu a que nesta faixa tenha ocorrido a maior descida da população ativa. De um total de 1 150 300, passou para 1 100 800. São menos 50 mil postos de trabalho, ou seja, um recuo de 4,3% entre dezembro de 2013 e de 2014.
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