Prevenção é a chave para um quadro de sucesso da doença.
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É uma das complicações mais frequentes da diabetes, provoca deformações, úlceras profundas e - no limite, caso seja negligenciada – poderá votar o doente a uma amputação dramática dos membros inferiores. Só em 2016, o número de excisões ascendeu a 1037. O processo infeccioso é lento, insidioso e, frequentemente, sem cura ou tratamento.
"A identificação não é imediata, devido à falta de sensibilidade. A úlcera não dói", mas merece o olhar clínico "por mais inocente que pareça", alerta Ana Luísa Costa, médica da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal.
"Muitas vezes caracteriza-se pela ausência de sintomas", concretiza. Parte acaba a manifestar sinais sob a forma de dor neuropática – picadas, ardor (tipo queimadura), dormência, sensação de choque elétrico, compressão ou frio doloroso -, na maioria dos casos com evolução crónica.
"É grande o espetro da gravidade dos sintomas: alguns doentes apresentam queixas menores, como formigueiro localizado ou outros sintomas incapacitantes que provocam privação de sono, e podem resultar em depressão com interferência no trabalho e vida social", explica a especialista. O sucesso, reafirma, "está na prevenção da lesão". A chave é o autocuidado.
"Deve evitar andar descalço, fontes de calor, optar por lavar e secar os pés cuidadosamente, assim como inspeciona-los diariamente, manter a pele hidratada e escolher meias de fibras naturais. Os sapatos devem respeitar a anatomia e dimensões do seu pé", explica a médica.
Em doentes cuja progressão para úlcera é de elevado risco, o corte da unha deverá ser minucioso e servir-se da utilização de limas de cartão para o seu "desbaste". A utilização da técnica é fundamental na manutenção de um pé são. Atente que cerca de 85% das amputações são precedidas por uma ferida.
Tabaco, obesidade, sedentarismo e hipertensão são fatores de risco
Fatores como o controlo glicémico ou a estatura do indivíduo podem influir no aparecimento de neuropatia diabética, o distúrbio nervoso, na base da dessensibilização dos membros, provocado pela doença.
A obesidade, dislipidemia (níveis anómalos de lípidos no sangue), hipertensão, tabagismo, assim como o sedentarismo somam-se à lista a ter em conta entre os fatores de risco.
Discurso direto
Ana Luísa Costa, Associação Protetora dos Diabéticos
"Não é uma condição inevitável"
CM: O que está na origem do pé diabético?
– A origem do pé diabético está associada à presença de fatores de fragilidade do pé da pessoa com diabetes, que a tornam mais propícia ao desenvolvimento de uma úlcera.
– Os doentes estão alerta?
– Penso que sim. Por vezes existe falta de conhecimento sobre a prevenção e as causas que levam à lesão ulcerativa, pois ter pé diabético não é uma condição inevitável de quem tem diabetes; pode e deve ser prevenida.
– Como se previne?
– A úlcera previne-se quando é implementada de forma sistemática a observação e rastreio do pé, que inclui, por exemplo, o exame neurológico e o exame vascular.
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