Foi detetado um foco de gripe das aves numa exploração com milhares de perus em Avarela, Óbidos. A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) já ativou um plano de contingência, estabelecendo, entre outros, o abate dos animais atingidos e uma restrição sanitária em volta do local afetado, num raio de até dez quilómetros. Em causa está uma "gripe aviária de alta patogenicidade", com taxas de mortalidade muito elevadas, e que pode infetar outros animais e também o ser humano, quando haja um contacto muito estreito.
No entanto, a DGAV sublinha que "não há evidência epidemiológica de transmissão da gripe aviária aos seres humanos através do consumo de alimentos, nomeadamente de carne de aves de capoeira e ovos".
Para evitar a propagação da doença foi definida uma zona de proteção e uma zona de vigilância, abrangendo, respetivamente, raios de três e dez quilómetros em redor da exploração avícola. A DGAV proibiu a circulação de aves vivas na área de restrição, mas também a de carne fresca, incluindo miudezas e produtos à base de carne de aves. O mesmo se aplica à circulação de ovos para incubação e para consumo humano, assim como de subprodutos animais obtidos de aves oriundas da produção na zona afetada.
O plano de contingência prevê a eliminação das aves infetadas, sendo feita a indemnização pelo abate sanitário dos animais. As medidas aplicam-se até 27 de janeiro de 2022 e as explorações avícolas nesta zona serão alvo de inspeção.