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Portugal às escuras: geradores a gasóleo minimizaram problemas

Hospitais e autarquias recorrem a aparelhos para garantir energia para serviços mínimos. Milhares nas ruas à procura de lojas abertas para comprar pilhas e medicamentos.

29 de abril de 2025 às 01:30

O apagão desta segunda-feira revelou a total dependência da energia elétrica para a vida no século XXI e obrigou a encontrar soluções para manter tudo – ou pelo menos aquilo que era possível – a funcionar, em alguns casos com recurso a meios caídos em desuso. Hospitais, forças de segurança e de socorro, prisões, aeroportos e muitos outros serviços do Estado mantiveram-se a funcionar, mesmo que com limitações, graças a geradores elétricos alimentados a combustível. A mesma invenção com quase 200 anos foi usada para garantir o abastecimento de água em muitos municípios.

Em Lisboa, por exemplo, devido à ausência de semáforos, houve um reforço de efetivo e muitos polícias voltaram ao papel de sinaleiro.

Nas ruas da capital, muitos procuravam remediar a situação. Maria do Amparo, 80 anos, saiu de casa, na Avenida de Roma para comprar pilhas para o rádio. Quando saiu já a fila da loja que tudo vende tinha crescido com gente à procura de pilhas e velas. Na farmácia ao lado, só se venderam produtos com preço marcado na caixa, uma vez que todo o sistema informático estava em baixo. Para Manuela Campos valeu a “nota fetiche” de 100 euros que guarda há anos na carteira. Usou-a esta segunda-feira para pagar os medicamentos. 

PORMENORES

Apoio

Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, garantiu que o executivo comunitário ia coordenar esforços para ajudar a repor na totalidade o fornecimento elétrico.

Nuclear

As cinco centrais nucleares espanholas deixaram de produzir eletricidade. Para manter os sistemas internos de cada central operacionais, foi necessário recorrer a gasóleo.

Porto

Os Transportes Coletivos do Porto (STCP) mantiveram a sua operação em pleno funcionamento, à exceção dos elétricos históricos. Já o metro do Porto esteve parado.

Correios

Os CTT - Correios de Portugal encerraram todas as suas lojas, por questões de segurança, segundo a empresa. Só reabrem quando o fornecimento de eletricidade estiver normalizado.

Bancos

O vice-presidente do BCE defendeu uma análise às possíveis consequências do apagão para o sistema bancário europeu, para evitar perturbações futuras.

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