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Artigo exclusivo

Portugal compra remédio para gripe das aves para travar Covid-19

País comprou o medicamento com indicação para a Covid-19, mas o remédio não consta da abordagem terapêutica.

11 de novembro de 2020 às 01:30

A 31 de agosto, a norma é atualizada, mas a terapêutica recomendada mantém-se e sem recurso ao tamiflu. A 14 de outubro, o documento volta a sofrer alterações. Desta vez, no tratamento. Segundo a norma, o doente Covid-19 é tratado com recurso a remdesivir e dexametasona. Mais uma vez, não há qualquer indicação de recurso ao famoso tamiflu. Portugal adquiriu-o em 2005, através de uma autorização de uso excecional (AUE), para responder a uma pandemia do vírus da gripe das aves, que se veio a confirmar em 2009. Foram gastos 22,58 milhões de euros na compra de 2,5 milhões de doses de tamiflu, mas só 3% das doses foram usadas. Os milhões gastos acabaram incinerados em 2017 porque o prazo de validade do remédio foi ultrapassado. Passados três anos, o País volta a recorrer ao medicamento.

Ao CM, a DGS refere que “ além da utilização de medicamentos especificamente autorizados para o tratamento do Sars-Cov-2, muitos outros são e devem ser utilizados para o tratamento das complicações”.

Acrescenta, a título de exemplo: “Se o doente tiver Covid-19 e tiver, além disso, infeção com o vírus da gripe, pode ser necessário fazer oseltamivir [tamiflu] para a gripe e medicamentos para o tratamento específico da infeção por Sars-Cov-2, como o remdesivir.”

PORMENORES

Relaxante muscular

O tratamento de doentes com Covid-19 inclui terapêuticas de suporte, tendo em consideração o quadro clínico do doente. Para casos mais graves, o Infarmed procedeu ainda à aquisição de brometo de rocurónio, relaxante muscular utilizado como adjuvante de anestesia geral; e de labetalol, um vasodilatador, indicado para hipertensão. Os dois medicamentos não estão autorizados na União Europeia. Foram comprados através de AUE.

Casos mais graves

O tamiflu tem sido usado como estratégia de combate à Covid-19 em vários países, mas conjugado com outros medicamentos. "Há evidência que nos mostra que as pessoas vacinadas contra a gripe têm melhores resultados na Covid-19. O tamiflu é, por isso, uma opção, sobretudo, para casos mais graves", explica Gustavo Tato Borges, médico de Saúde Pública.

Missas ao sábado de manhã passam a valer para domingo

Os bispos portugueses, que esta quarta-feira se reúnem em Fátima em Assembleia Plenária da Conferência Episcopal, vão pedir aos párocos que, enquanto durar o estado de emergência, celebrem as missas vespertinas aos sábados de manhã, assegurando que, atendendo à excecionalidade da situação, estas valem como missa dominical.

A Igreja pretende que os católicos cumpram exemplarmente as determinações do recolher obrigatório e, por isso, apelam aos párocos para que alterem os horários de toda a atividade pastoral, tanto de celebrações como da catequese.

“Não podemos ter celebrações ou outras atividades depois das 13h00 de sábado e domingo. As medidas são duras, mas necessárias para o bem comum”, escreveu D. Jorge Ortiga, o arcebispo de Braga, numa nota pastoral à arquidiocese.

“Não nos deixemos iludir. A situação é grave. Temos de ser parte da solução”, alertou D. Jorge Ortiga.

Também o bispo do Porto, D. Manuel Linda, suspendeu toda a atividade presencial no período de confinamento, passando as missas para o sábado de manhã e pedindo que haja catequese através da internet.

Nesta Assembleia Plenária, alguns dos prelados, sobretudo os mais velhos, vão participar por videoconferência e o discurso inicial do presidente, D. José Ornelas, vai ser gravado e distribuído à imprensa. A reunião termina no sábado.

Ministro destaca “adesão generalizada dos cidadãos” ao recolher obrigatório

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, revelou esta terça-feira que tem havido “adesão generalizada dos cidadãos” ao recolher obrigatório. Questionado sobre o encerramento de estradas e ferrovias, o ministro não descartou. Garantiu ainda que a fiscalização das autoridades tem sido “extremamente ativa” e admitiu que possa ser “mais intensa durante o fim de semana”. O governante anunciou que amanhã será reavaliada a lista de municípios com risco elevado e admitiu a possibilidade de retirar municípios, sendo possível “colocar outros”, com “evolução negativa da situação epidemiológica”, disse.

Professores contra fecho de escolas

A Fenprof está contra o encerramento das escolas devido à pandemia, mas pede ao Governo “mais transparência e igualdade de regras”. Estrutura sindical regista 662 escolas com casos de Covid-19.

“Estão a superar as expectativas”

“As escolas estão a superar, até ao momento, as expectativas” no controlo de potenciais contágios, disse o presidente da Associação Nac. de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima.

Grande Lisboa questiona ministro

Os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa enviaram um conjunto de questões ao Ministério da Educação sobre o ano letivo. A falta de assistentes operacionais é um das preocupações.

Aumentam pagamentos em atraso a hospitais

As Finanças reconhecem um aumento dos pagamentos em atraso aos hospitais (Entidades Públicas Empresariais). Segundo o Compromisso Pagamento Pontual as dívidas somam 425 milhões.

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