Megaprotesto realizou-se em 14 localidades portuguesas e em 10 espanholas.
"Contra a poluição do Tejo e seus afluentes" foi o nome da manifestação que ontem juntou milhares de cidadãos em 14 localidades dos distritos de Portalegre, Castelo Branco, Santarém e Lisboa e em dez vilas espanholas, sempre à beira do rio mais extenso da Península Ibérica. O protesto global resulta "da preocupação contra a apatia política na resolução dos problemas que o Tejo acumula desde Espanha, e que vão além da falta de água e da poluição", disse ao CM Maria João Correia, numa das concentrações realizada na praia fluvial da Ribeira de Santarém.
Organizada por uma plataforma de associações ambientalistas ibéricas, a manifestação serviu também para exigir aos responsáveis políticos uma ação rigorosa a nível da fiscalização ambiental, o fim dos transvases Tejo - Segura e o encerramento da Central Nuclear de Almaraz, em Espanha.
A concentração em Lisboa, em frente ao Cais das Colunas, reuniu poucas pessoas. A fraca adesão é justificada pela organização com as boas condições existentes no rio na zona. "Em Lisboa as condições são relativamente boas, o que faz com que as pessoas não se preocupem tanto com o assunto. Subindo um pouco mais, na zona de Vila Franca de Xira, a situação complica-se", explicou ao CM António Eloy, que realçou o problema na zona de Almourol: "A situação é bastante crítica, há muitos locais sem água. O melhor exemplo é a ex-ilha do Almourol, que devido ao assoreamento se transformou numa península." O balanço do protesto foi feito por Paulo Constantino, da plataforma proTejo: "a manifestação reuniu milhares de pessoas, mas ainda temos um longo caminho a percorrer".
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