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Produção de ostras com prejuízos de milhões

Aquacultores terão de pagar ainda a incineração.

13 de novembro de 2015 às 12:40

A mortandade de ostras produzidas em viveiros na ria de Alvor e em estruturas flutuantes no mar em Sagres provocou prejuízos estimados em cerca de 4,8 milhões de euros. Para agravar ainda mais a situação, os produtores foram agora informados pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) de que as ostras mortas têm de ser incineradas, o que representa grandes custos.

"Este era o primeiro ano de produção e tínhamos 500 a 600 toneladas para sair. Os prejuízos rondam 1,8 milhões de euros", refere Jean-Jacques Guignard, da empresa AquaSacrum, que produz ostras ao largo de Sagres.

A somar à perda de quase toda a produção, a DGAV exige agora aos produtores a incineração das ostras mortas. "É um custo enorme, entre 500 e 600 euros por tonelada", frisa Jean-Jacques Guignard, que lamenta que "o Estado, em vez de ajudar, crie um novo encargo".

Na ria de Alvor, os viveiristas estimam que a mortandade tenha provocado prejuízos de cerca de três milhões de euros. "Já perdemos dois anos de trabalho [tempo necessário para o crescimento das ostras] e agora ainda nos querem obrigar a pagar para incinerar as cascas, mas já não temos dinheiro", lamenta Octávio Parreira, adiantando que, só no seu caso, teria de "gastar cerca de 150 mil euros".

Este produtor, que tem dois empregados, admite encerrar a atividade no final do ano.

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