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Chamam morta para consulta

Maria Alaide morreu em março de 2014.

14 de novembro de 2015 às 19:02

Joaquim Oliveira, de 68 anos, perdeu a mulher, Maria Alaide, em março do ano passado, vítima de cancro. Porém, passados cerca de 20 meses, na tarde de quinta-feira, foi surpreendido por uma carta do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), Vila Real, a convocar a mulher para uma consulta de fisiatria, marcada para as 10h00 de quinta-feira.

"Fiquei muito revoltado quando abri a carta. Essa consulta tinha sido pedida há cerca de dois anos e agora, que a minha mulher morreu, mandam uma carta a convocá-la? Foi um choque", diz o viúvo, que reside na localidade de Loureiro, em Peso da Régua.

"Não me conformo com esta situação, causa transtorno, mexe com as minhas emoções. Uma situação destas não pode ficar impune", acrescenta. Indignado e revoltado, Joaquim garante que vai agir judicialmente e pretende que o seu caso sirva de exemplo para que, no futuro, o hospital não volte a marcar consultas a pessoas que já morreram.

"Vou falar com o meu advogado e pretendo processar o hospital. Mesmo que a administração me queira dar uma explicação, não vai chegar porque esta situação feriu a minha sensibilidade", garante Joaquim Oliveira.

Contactada pelo Correio da Manhã, a administração do CHTMAD assume o erro e explica que serão pedidas as devidas desculpas à família de Maria Alaide. "A situação já foi corrigida e estamos a averiguar o motivo que a causou", garante uma fonte oficial do hospital transmontano.

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