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Doença mortal atinge gaivotas

Cerca de 30 por cento das aves infetadas não resistem.

22 de janeiro de 2016 às 08:36

Um surto de doença gastrointestinal está a afetar gaivotas em todo o Algarve. Os sintomas são de debilidade e diarreia, que em casos extremos levam à perda de mobilidade, ficando as aves impossibilitadas de se mover e alimentar. A situação está a preocupar o RIAS - Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, de Olhão, que desde o início do ano já recebeu mais de 120 aves.

"Todos os anos recebemos gaivotas doentes, mas no fim do verão/início do outono. Este surto ocorre no inverno, o que é estranho", adianta ao CM a coordenadora do RIAS, Fábia Azevedo. "Houve dias em que recebemos 20 gaivotas", refere a bióloga, acrescentando que a taxa de mortalidade é de 30%. "Nos casos mais graves elas não conseguem segurar o pescoço, bater as asas ou abrir os olhos. Ficam paralisadas e morrem".

Para a responsável do RIAS são sintomas "característicos de intoxicação por biotoxinas". Foram feitos estudos para averiguar a origem da síndrome, que se mostraram inconclusivos. "As hipóteses mais prováveis são intoxicação causada por algas ou botulismo", diz.

Neste momento o RIAS tem mais de 60 gaivotas doentes. São alimentadas com papa e através de sonda. O RIAS apela a quem possa doar ração húmida de peixe para gato para as alimentar. E aconselha as pessoas a apanhar as gaivotas "com uma toalha e colocá-las numa caixa de cartão, com furos para respirar". Depois devem entregá-las à GNR ou no RIAS, onde serão recolhidas.

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