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Professor descobre que 50 alunos entregaram trabalhos feitos pelo ChatGPT porque não tinham gralhas

Docente da Universidade do Porto constatou que os artigos não tinham sido "escritos por humanos". Ao confrontar os estudantes, a maioria assumiu o uso do programa de Inteligência Artificial.

04 de novembro de 2023 às 20:40

Um professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto ficou surpreendido ao receber 50 trabalhos de alunos do primeiro ano sem uma única gralha ou erro de concordância. Depois de reparar numa tendência na formulação de frases, constatou que os artigos académicos "não foram escritos por humanos" e que eram resultado da Inteligência Artificial (IA). O caso remonta ao passado ano letivo e é avançado pelo semanário Expresso. 

Rui Sousa Silva tinha conversado com os alunos sobre o ChatGPT e tinha deixado claro que a ferramenta poderia ser utilizada, mas não para a execução integral dos textos. 

O docente, que é especialista em linguística forense, apercebeu-se que os artigos académicos estavam escritos sob a mesma estrutura, independentemente do tema e do conteúdo. Após confrontar os estudantes, a maioria admitiu que tinha recorrido ao programa para fazer o trabalho. 

A utilização do ChatGPT abriu um debate em todo o mundo devido aos riscos e possibilidade de uso indevido. Foram várias as escolas e outros estabelecimentos de ensino que adotaram ferramentas que permitem detetar as tendências do programa. 

Algumas instituições em Portugal, por compreenderem ser impossível travar o uso, têm estado a explorar o universo do ChatGPT. O objetivo é  compreender como o programa pode ser utilizado para facilitar o estudo dos alunos, sem retirar o esforço e a necessidade de trabalho.

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