Seis docentes com problemas de saúde e que querem dar aulas acusam diretores de o impedir.
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São professoras que querem dar aulas, mas acusam o sistema de ensino e as direções das escolas de as empurrar para baixas médicas, segundo revelou este sábado uma reportagem do programa ‘Repórter Sábado’, do NOW. Anabela Paiva, da escola artística Soares dos Reis (Porto), sofre de artrite reumatoide e outra doença autoimune que provoca cansaço. A medicina do trabalho (MdT) indicou que devia ter aulas de manhã, mas puseram-na de tarde e depois foi-lhe retirada a componente letiva. Não conseguia cumprir as 35 horas não letivas e meteu baixa. A direção garantiu “respeitar os direitos dos docentes”. Lucinda Morgado passou um calvário desde 2012, com lesões no joelho, cancro na mama e também um cancro que afetou o pai, tendo baixas sucessivas. Em 2024 sofreu ‘burnout’ e quando voltou ao Agrupamento de Mogadouro em setembro ficou num horário com 13 turmas e 260 alunos. Não aguentou. A MdT indicou-a para serviços moderados, mas continuou com oito turmas. Diz que a diretora chegou a pedir-lhe para substituir uma auxiliar. Agora dá aulas a quatro turmas. Elisabete Sousa diz que a direção da escola Inês de Castro, Gaia, lhe trocou o horário sete vezes. “Ninguém fiscaliza os diretores”, afirma. A MdT indicou uma redução de horário, mas passou a ter aulas quatro dias por semana, de manhã e de tarde.
Albina Dinis foi operada à coluna em 2024, tem incapacidade de 65% e a MdT recomendou-lhe duas turmas de manhã, mas a diretora da secundária de Gondomar deu-lhe horário completo. “Só à tarde é que te doem os parafusos?”, terá perguntado. Vai concorrer para mudar de escola.
Maria Manuel Gordinho foi agredida por um aluno de educação especial na escola Augusto Gomes, Matosinhos. A MdT dispensou-a da componente letiva, mas foi colocada em apoios a alunos difíceis. Já Clara Freitas afirma que foi penalizada por uma fotografia no Facebook de uma sala da escola Básica Soares dos Reis, Gaia, alagada pela chuva. A diretora ameaçou-a “com processo disciplinar” e mexidas no horário se não retirasse o ‘post’. A docente sofre de uma síndrome que afeta o equilíbrio e precisava de horário de manhã, mas foi posta de tarde. A diretora não quis falar à reportagem.
Ministério passa a contratar medicina do trabalho
O ministro da Educação, Fernando Alexandre, anunciou em 5 de março no Parlamento que o Governo estava a preparar uma resolução de Conselho de Ministros para “contratar serviços de medicina do trabalho, que serão pagos pelo ministério e não pelas direções das escolas”. O Ministério da Educação confirmou que “estão em desenvolvimento procedimentos de contratação para aquisição” desses serviços.
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