Evolução clínica das vítimas e a proximidade de um hospital explicam muitas vezes a opção por ambulâncias menos especializadas.
Quase 21 mil pessoas em risco de vida não tiveram do INEM o nível de socorro exigido no ano passado, escreve o jornal Público, acrescentando que o instituto funcionou com 709 trabalhadores a menos.
Citando o relatório de atividades do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de 2024, o jornal diz que, apesar de terem sido triados com prioridade máxima, estes doentes não foram socorridos pelas equipas mais especializadas.
O relatório refere que a evolução clínica das vítimas e a proximidade de um hospital explicam muitas vezes a opção por ambulâncias menos especializadas.
O Público escreve que, no ano passado, o INEM registou um total de 148.251 ocorrências de prioridade 1 (P1), que correspondem a situações graves e que "precisam de suporte avançado/imediato de vida", com envio de meios diferenciados como uma ambulância de suporte imediato de vida (SIV), uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER) ou um helicóptero.
Estes últimos meios são tripulados por equipas constituídas por médico e enfermeiro e a SIV por enfermeiro e técnico de emergência pré-hospitalar.
Segundo o relatório anual de Gestão de Atividades do INEM, nem todas as ocorrências de prioridade 1 tiveram o correspondente nível de meios de suporte imediato ou avançado de vida.
Em 2024, as ambulâncias SIV saíram para 36.885 situações, as VMER deram resposta a 89.408 casos e os helicópteros levantaram 997 vezes. Ou seja, para as 148.251 ocorrências prioritárias, houve 127.290 acionamentos dos meios mais diferenciados, o que significa que 20.961 situações não tiveram a intervenção mais especializada, escreve o Público.
"Terão tido resposta das ambulâncias de emergência médica, do INEM ou dos bombeiros, tripuladas por técnicos com menos formação e competências", acrescenta.
O jornal diz ainda que todos os anos há diferenças entre o número de ocorrências críticas e o número de acionamentos de VMER, SIV ou helicópteros, mas esta discrepância está a aumentar desde 2022. Cerca de 17.500 doentes triados com a prioridade mais elevada não receberam em 2022 o nível de socorro condizente, em 2023 foram cerca de 19 mil doentes e, em 2024, quase 21 mil.
O relatório de atividades expõe as graves carências de recursos humanos no INEM: o mapa de pessoal tem 1.304 lugares ocupados, menos 709 do que os 2.013 previstos.
A escassez de técnicos de emergência é a mais premente (faltam 501), mas as dificuldades em fixar médicos também são notórias, faltando preencher 26 dos 49 postos de trabalho previstos.
No que se refere às contas do INEM, o documento mostra que a despesa disparou e o ano terminou com prejuízos pela primeira vez desde 2020.
O Público escreve ainda, com base no documento, que as receitas não acompanharam o aumento dos gastos com bombeiros e pessoal e lembra que o presidente do instituto já tinha anteriormente defendido o aumento da taxa cobrada aos beneficiários de seguros para garantir a sustentabilidade.
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