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Candidaturas à 1ª fase do Concurso Nacional de Acesso iniciam-se nesta segunda-feira

Quase 77 mil vagas no Ensino Superior Público

Há mais lugares nos cursos do Estado. Concurso Nacional de Acesso conta com 55239 vagas abertas.

Há mais lugares nos cursos do Estado. Concurso Nacional de Acesso conta com 55239 vagas abertas.

21 de julho de 2025 às 00:01

O Ensino Superior Público tem abertas 76818 vagas para os concursos de acesso do ano letivo 2025-2026. São mais 691 que no ano passado. O Regime Geral de Acesso conta com 55956 vagas, das quais 55239 no Concurso Nacional de Acesso (CNA), e 717 nos Concursos Locais. A estes lugares nas universidades e institutos politécnicos juntam-se 20862 vagas nos Concursos e Regimes Especiais de Acesso, de acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral do Ensino Superior.

O Instituto Politécnico de Bragança é a instituição que ganha mais vagas (79), seguido do I.P. Santarém (59). No total de todos os concursos, a Universidade de Lisboa é a instituição que pode acolher mais estudantes novos (9913), seguindo-se a Universidade do Porto (6675) e a Universidade de Coimbra (4886).

Em cursos de Educação Básica, para formação de professores, são fixadas 1197 vagas, mais 204 face a 2024. Para Medicina mantêm-se as 1594 vagas. No topo das formações com mais vagas estão dois cursos de Direito: na Universidade de Lisboa (445) e na Universidade de Coimbra (340).

A partir de hoje inicia-se o prazo de apresentação das candidaturas à 1.ª fase do CNA. Os resultados serão divulgados a 24 de agosto.

No que respeita ao Ensino Superior Privado, há 18831 vagas no Regime Geral de Acesso, num total de 24980 em todos os regimes. A Universidade Lusófona é a privada com mais lugares: 4235. No total, o sistema de Ensino Superior português contempla 101798 vagas, um acréscimo de 1647 face ao ano passado.

Médias sobem a Português e caem a Matemática

As médias dos exames nacionais do secundário subiram a Português e caíram a Matemática A, o que poderá refletir-se nas notas de entrada para os cursos de Ensino Superior Público. No total foram realizados 307270 exames, sendo Português a disciplina com maior número de provas (76939), seguindo-se Biologia e Geologia (37703), Matemática A (35651), Física e Química A (34589) e Filosofia (20335).

A média em Português passou de 111 para 126 pontos, tendo-se registado 93 provas com nota máxima - 200 pontos. Já em Matemática, a média caiu de 121 para 105 pontos: houve 78 alunos que tiveram 200, e 342 tiveram zero.

Outra disciplina onde se registou quebra na média dos exames é Física e Química A, que caiu 6 pontos (de 116 para 110). Biologia e Geologia passou de média negativa (99 no ano passado) para 124 este ano.

A subida da média a Português, prova obrigatória para concluir o secundário, deverá fazer subir as médias de entrada nos cursos já este ano, nomeadamente em áreas de Humanidades e Ciências Sociais, por exemplo. Já a queda a Matemática poderá fazer baixar as médias de entrada em cursos de Ciências, como os das áreas de Saúde ou Engenharias.

Podem chegar aos 60%

As notas dos exames do 12º ano contam 30% para a classificação final à disciplina. Para a nota de candidatura ao Ensino Superior, a média final do secundário vale no mínimo 40%, e as notas dos exames, como prova de ingresso, valem no mínimo 45%, podendo chegar aos 60 por cento.

Provas até dia 24

Está a decorrer até dia 24 a 2.ª Fase dos Exames Nacionais do Secundário. Física e Química A realiza-se esta segunda-feira, na terça-feira é dia de Matemática A e Filosofia, no dia seguinte há provas de História, Geometria Descritiva e Biologia e Geologia, e no dia 24 há Desenho e Línguas.

87 cursos com taxa de desemprego de 0%

Há 87 cursos que registaram no último ano uma taxa de desemprego de zero por cento - ou seja, todos os diplomados conseguiram trabalho. Os dados do Portal InfoCursos, da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, que respeitam aos diplomados de 2019-2020 a 2022-2023, indicam que nesta lista estão 43 cursos do Ensino Superior privado e 44 do público.

As áreas com maior empregabilidade são as da Saúde e algumas Engenharias. Nos cursos de Medicina, por exemplo, a taxa de desemprego é de 0,06 por cento, e de 0,61 por cento em Enfermagem. Em Direito, cujos cursos lançaram no mercado de trabalho 10212 diplomados entre 2020 e 2023, a taxa de desemprego cifra-se em 2,21 por cento. Já em Educação Básica (formação de professores), a taxa é de 1,1 por cento.

No lado oposto, há cursos com menos empregabilidade, que registam taxas de desemprego superiores a 10 por cento dos seus diplomados. As licenciaturas de Gestão Turística, Cultural e Patrimonial (Instituto Politécnico de Viseu) e de Serviço Social (do Instituto Superior Miguel Torga e da Universidade Católica Portuguesa) são as formações com maior taxa de desemprego dos recém-formados: 13,1 por cento. Segue-se a licenciatura de Secretariado de Administração, do IP Viseu, com taxa de desemprego de 12,3 por cento.

15 mil camas públicas

A procura de quartos é uma das primeiras preocupações dos estudantes deslocados e respetivas famílias. Apesar de a rede pública de alojamento estudantil ter 15 mil camas, há 115 mil alunos deslocados. Lisboa é a cidade onde arrendar um quarto fica mais caro - pode chegar a 700 euros e a média ronda os 500 euros.

Site com oferta privada

O identifica a oferta privada de alojamento para estudantes e os valores praticados. No Porto, a média é de 400€, em Faro, 380, em Braga, 323, e em Coimbra, 280.

Atenção às datas

O período de apresentação da candidatura à 1.ª Fase do Concurso Nacional de Acesso decorre entre hoje e 4 de agosto, para o contingente geral. Os candidatos ao contingente prioritário têm de concorrer até dia 28 (segunda-feira).

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