Corresponde ao mês em que foi testada a população da vila piscatória de Rabo de Peixe.
Quase metade dos casos de covid-19 registados nos Açores no ano passado foram diagnosticados em dezembro, mês em que foi testada a população da vila piscatória de Rabo de Peixe.
Analisando os boletins da Autoridade de Saúde Regional, a Lusa concluiu que só no mês de dezembro foram registados na Região Autónoma dos Açores 916 casos de infeção pelo novo coronavírus, o que representa 47,1% do total verificado ao longo do ano (1.942).
Só em Rabo de Peixe, no concelho da Ribeira Grande, ilha de São Miguel, existiam 221 casos ativos em 14 de dezembro, primeiro dia já sem cerca sanitária e após a testagem da população.
O segundo mês com mais novos doentes foi o de novembro, com 639 (31,9% do total), seguido de abril, com apenas 89 casos (4,5%).
Em março foram diagnosticados 49 casos, em maio oito e em junho seis, sendo que nestes meses apenas a TAP voou para o arquipélago, tendo a SATA retomado as ligações em 15 de junho.
O número de casos voltou a subir em julho, com 22 novos doentes, em agosto, com 47, e em setembro, com 83.
Relativamente ao número de mortos, no final do ano estavam contabilizados 22, dos quais 12 relativos a um surto no lar da Santa Casa da Misericórdia do Nordeste, todos verificados até meados de maio.
Já este ano, os Açores registaram nos primeiros seis dias de janeiro 301 novos casos, mais do que em qualquer um dos meses de 2020, à exceção de novembro e dezembro.
Na sexta-feira (dia 1) foram anunciados 59 casos, no sábado 27, no domingo 30, na segunda-feira 69, na terça-feira 46 e na quarta-feira 70.
O número mais elevado de diagnósticos na região num só dia desde o início da pandemia foi verificado em 05 de dezembro, dia em que se registaram 105 novos casos, em 1.398 testes realizados.
Em 04 de janeiro, por exemplo, foram detetadas 69 novas infeções em apenas 631 análises, uma taxa superior a 10%.
O total de casos acumulados nos Açores é atualmente de 2.243, dos quais 1.627 foram dados como recuperados (72%).
Os casos ativos são 500, dos quais 452 em São Miguel, 38 na Terceira, quatro no Faial, três nas Flores, dois em São Jorge e um no Pico.
O número de mortos mantém-se em 22.
Estão ativas 74 cadeias de transmissão, sendo 63 em São Miguel, nove na Terceira, uma em São Jorge e outra no Faial. No total, já foram extintas 97.
O Governo dos Açores reuniu-se na quarta-feira para analisar a evolução da pandemia na região, estando marcada para hoje, às 10:00 locais (11:00 em Lisboa), uma conferência de imprensa para anunciar as medidas a vigorar a partir de sexta-feira.
As comunidades escolares de Rabo de Peixe e do concelho de Vila Franca do Campo estão atualmente a ser testadas, mas as novas medidas devem incidir em toda a ilha de São Miguel, pelo menos.
Atualmente, todos os estabelecimentos de bebidas e similares com espaços de dança estão encerrados, e os bares e outros estabelecimentos de bebidas, com ou sem espetáculo e com ou sem serviço de esplanada, têm de encerrar às 22:00.
Ao contrário do que aconteceu no continente português, nos Açores não vigorou a obrigação de recolher obrigatório na noite da passagem do ano.
As ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira, Pico e Faial, as que têm ligações aéreas com o exterior, estão em calamidade pública, e as de São Jorge, Graciosa, Flores e Corvo encontram-se em contingência.
A calamidade é o mais alto de três níveis de intervenção previstos na Lei de Bases da Proteção Civil, acima da contingência e do alerta.
Devido ao estado de emergência, para se entrar nos Açores vindo de uma zona de transmissão comunitária da doença, como o continente português, é obrigatória a apresentação de um teste negativo à covid-19, sendo que, no caso de uma permanência maior do que seis dias no arquipélago, um novo exame é feito na ilha de destino do passageiro.
Também os residentes em São Miguel e na Terceira, ilhas com transmissão comunitária ativa, são obrigados a fazer um teste à covid-19 quando se pretendem deslocar a alguma das outras sete ilhas.
A Região Autónoma dos Açores tem cerca de 242 mil habitantes.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.869.674 mortos resultantes de mais de 86,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 7.377 pessoas dos 446.606 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim de quarta-feira da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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