Serviços em risco no Garcia de Orta

A partir de hoje, e em mais 13 dias deste mês, o serviço de ortopedia na Urgência do Hospital Garcia de Orta (HGO), Almada, apenas poderá operar os doentes cujas intervenções não possam ser adiadas. "Devido à falta do terceiro médico na escala entre as 08h00 e as 20h00, só irão ser intervencionadas no bloco operatório de urgência verdadeiras urgências que não possam ser diferidas", refere um email enviado à administração do HGO na quarta-feira, a que o CM teve acesso.

Nestes 13 dias, enquanto os dois elementos de ortopedia se encontrarem no bloco operatório, todos os casos de ortopedia emergentes, "como fraturas expostas, luxações articulares ou fraturas com lesões arteriovenosas, que derem entrada deverão ser transferidos para outro hospital". A deslocação de doentes resulta de "uma rutura na escala de apoio ortopédico à Urgência". Segundo a direção do serviço de ortopedia, as limitações resultam do facto de a "maioria dos médicos do serviço de ortopedia se recusar a prestar serviço extraordinário".

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Perante "a eminência de encerramento do balcão de ortopedia" durante oito dias neste mês, foram convocados "por urgente conveniência de serviço para prestarem apoio à Urgência" nove médicos. Este apoio decorre fora do horário de trabalho normal. Contudo, sublinha a mesma comunicação, "a possibilidade de convocação por urgente conveniência de serviço para colmatar turnos será esgotada durante o mês de maio". Nesse mês, caso não seja suprimida a insuficiência de elementos médicos de serviço e tarefeiros, os doentes terão de ser transferidos para outros hospitais. Contactado pelo CM, o gabinete de comunicação do HGO remeteu uma resposta para hoje.