Há a probabilidade de quanto mais intensa for a vida sexual, maior será o risco de contrair cancro.
Homens que tenham relações sexuais ou se masturbem mais do que 20 vezes por mês têm maior probabilidade de desenvolver cancro na próstata, revela um estudo realizado na Universidade de Nottingham (Inglaterra). Ao CM, o urologista Reis Santos confirma que "existe a possibilidade de os factos estarem relacionados".
Segundo o estudo divulgado pelo ‘British Journal of Urology International' (BJU), a frequência com que um homem ejacula está diretamente relacionada com o aparecimento de um tumor na próstata. Dos 850 homens observados, que mantinham relações heterossexuais e se masturbavam, a 431 tinha-lhes sido diagnosticada a doença antes dos 60 anos. E destes, cerca de 40% masturbava-se e tinha relações sexuais mais de 20 vezes por mês, quando estavam na casa dos 20 anos de idade.
Estes homens, na sua maioria, indicaram também ter estado envolvidos com mais de seis parceiras sexuais, aumentando significativamente a probabilidade de, pelo menos uma vez, terem sido infectados com doenças sexualmente transmissíveis.
Os resultados da BJU contrariam os estudos até à data apresentados, que indicam que não há relação entre os efeitos da ejaculação e o cancro na próstata. No início da década de 2000, foi comprovado que tanto a masturbação como as relações sexuais diminuíam o risco de contrair cancro na próstata. Um dos exemplos é um estudo publicado no ‘Journal of the American Medical Association', em 2004, que concluía que os homens que ejaculavam mais de 20 vezes por mês reduziam em 33% a probabilidade de vir a sofrer de cancro na próstata, quando comparados com outros que só o faziam entre quatro a sete vezes por mês.
Para o urologista Reis Santos, não existe relação direta entre a masturbação e o cancro na próstata. Ao CM, o médico admite a possibilidade de uma relação indireta, já que - explica -, homens com uma vida sexual mais ativa produzem mais testosterona. E essa é o fator que pode aumentar o risco. Mas nada de alarmismos. "Não há evidências científicas. Uma vida sexual ativa e longa é saudável e faz bem ao corpo. É o que recomendo aos meus pacientes" - contrapõe o urologista.
SEXO ORAL E O CANCRO
Não é a primeira vez que as práticas sexuais surgem associadas às causas do desenvolvimento de cancro. Recentemente, o ator Michael Douglas afirmou que teve cancro na garganta devido à prática de sexo oral. "Sem querer ser muito específico, este tipo de cancro em particular foi causado por HPV, que na verdade advém do cunnilingus (...) é de facto uma doença sexualmente transmissível que causa cancro" disse Douglas, em entrevista ao ‘The Guardian', em junho deste ano.
O vírus do papiloma humano, responsável pelo desenvolvimento do cancro do colo do útero, pode também ser responsável por cancro na garganta, uma vez que o vírus é transmissível. E como tal, alguns tipos deste vírus estão a ser detetados em tumores orais, essencialmente em pessoas mais novas. Razão mais que suficiente para que o médico Reis Santos defendee que "o despiste do HPV [vírus do papiloma humano] deveria ser feito em ambos os sexos".
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