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SIMA exige respostas sobre papel da TAP após possível perda de licenças da Menzies

SIMA manifestou a "sua profunda preocupação com os postos de trabalho e exigiu respostas concretas sobre o papel da TAP enquanto acionista".

27 de outubro de 2025 às 17:41

O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) exigiu "respostas concretas" sobre o papel da TAP enquanto acionista da antiga SPdH, agora Menzies Aviation, acerca da possível perda das licenças de 'handling', numa reunião no Ministério das Infraestruturas.

Este encontro acontece após um concurso para assistência em escala nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro ter preliminarmente atribuído as licenças ao consórcio Clece/South, do universo Iberia, tendo a Menzies ficado em segundo lugar.

O SIMA manifestou a "sua profunda preocupação com os postos de trabalho e exigiu respostas concretas sobre o papel da TAP enquanto acionista, uma vez que detém 49,9% do capital social da SPdH (Menzies)".

De acordo com o sindicato, "ao contrário do que alguns 'arautos da desgraça' insistem em afirmar, a TAP não é obrigada a vender a sua participação, e quem afirma o contrário deve, no mínimo, ler a legislação antes de propagar inverdades".

O SIMA sublinhou que tem vindo, há muito tempo, "a alertar as entidades competentes para o amadorismo e a incompetência que caracterizam a gestão da Menzies, um verdadeiro momento de 'magia negra' para os trabalhadores, resultado de decisões erradas e de uma administração incapaz de gerir com responsabilidade e visão".

O sindicato disse que "esta não foi a primeira reunião do SIMA no Ministério" nem a primeira vez que se dirigiu "aos grupos parlamentares para denunciar a gestão danosa dentro da empresa", mas que "apesar dos alertas, nada foi feito".

"E o resultado está à vista, um ponto negro na história da Menzies e da aviação civil em Portugal", indicou, apontando que "o quadro da empresa é composto por cerca de 1.650 trabalhadores, dos quais 600 estão contratos TAP, 150 são efetivos da Menzies e aproximadamente 900 são trabalhadores precários".

O sindicato apontou que "tem vindo a denunciar, repetidamente, práticas abusivas, salários abaixo do salário mínimo nacional, pagamento incorreto das horas noturnas, perda de direitos como o parque de estacionamento, despedimentos injustificados e um clima de medo alimentado por ameaças da empresa", salientando ainda que "a experiência e o conhecimento de anos de serviço têm sido simplesmente descartados".

No relatório preliminar do concurso, a que a Lusa teve acesso, o júri liderado por Sofia Simões deu uma classificação de 95,2523 ao agrupamento Clece/South, do universo Iberia, tendo a Menzies (antiga Groundforce) terminado com uma classificação de 93,0526.

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