Atuais acordos "são antigos" e "fora de prazo", sendo preciso ajustá-los "aos tempos modernos", considerou Gonçalo Pires.
O sindicato dos tripulantes da TAP acusa a empresa de desconhecer o atual Acordo de Empresa, assinalando estar previsto que podem voar 900 horas por ano, e desafia a empresa a divulgar o estudo no qual tem baseado afirmações.
Num comunicado enviado este sábado aos associados e a que a Lusa teve acesso, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) afirma que se torna "cada vez mais complicado tentar negociar um novo AE [Acordo de Empresa] com a Administração da TAP, principalmente porque a própria desconhece por completo o atual".
O sindicato dos tripulantes considera ser "mais grave ainda" que "existem membros da Administração que desconhecem o que propuseram aos Tripulantes".
"Referir na Comunicação Social que este grupo de trabalhadores terá um corte médio na remuneração fixa de 120 euros, só pode significar uma coisa: a confidencialidade deste documento foi tal, que os próprios desconhecem o seu conteúdo", refere o comunicado.
O SNPVAC destaca ainda que desde 2006 que os tripulantes da TAP "podem voar 900 horas por ano", pelo que diz acreditar "que o facto desse número não ser atingido se deve única e exclusivamente à incompetência na gestão mensal e diária dos tripulantes e da operação no geral".
Em causa estão as declarações do administrador com o pelouro financeiro da TAP (CFO), Gonçalo Pires, que garantiu que "todos os tripulantes de cabine da TAP podem vir a ganhar mais do que ganhavam em 2019", mas que para isso têm de "trabalhar mais".
Em entrevista à Lusa, o CFO da TAP considerou que os atuais acordos "são antigos" e "fora de prazo", sendo preciso ajustá-los "aos tempos modernos".
Citando um estudo, de uma consultora para a companhia, que concluiu, segundo o gestor, que "para as duas grandes categorias profissionais de tripulantes de cabine, na do comissário assistente na TAP ganham 25% mais, já depois dos cortes salariais, e no caso do topo da carreira, dos supervisores de cabine, 50% mais" do que na British Airways.
"Nós temos todos que ser mais produtivos, incluindo os tripulantes de cabine. Na British Airways podem trabalhar até 900 horas por ano. Porque é que na TAP só se pode trabalhar até 600?", questionou Gonçalo Pires.
O CFO recusou que os tripulantes de cabine possam perder em média 450 euros com o novo acordo. "A nossa proposta faz um ajuste da remuneração fixa. Mas paga mais se se voar mais", reforçou.
O sindicato dos tripulantes lamenta que persista, o que diz ser um "ataque difamatório" contra os tripulantes, "mas sem apresentar o famoso estudo em que baseia as suas afirmações".
"Atacar é simples. Apresentar provas é bem mais complicado. Por isso, a fim de evitar o estigma do 'eu sei que você sabe que eu sei que você sabe', desafiamos a empresa a apresentar o tal estudo publicamente", refere.
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