FNAM e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) convocaram uma greve para os dias 23, 24 e 25 de novembro.
Sindicatos da Saúde afirmaram este domingo que continuam à espera de uma reunião com a ministra da tutela, adiantando que os médicos receberam apenas uma proposta para um encontro com o secretário de Estado e os enfermeiros não foram ainda chamados.
O presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Noel Carrilho, disse à Lusa que recebeu uma proposta de reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Sales, desconhecendo se a ministra Marta Temida vai estar presente no encontro.
Noel Carrilho não avançou com uma data da reunião, mas referiu que será antes da greve dos médicos, e acrescentou que "não há proposta de reunião com a ministra".
A FNAM e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) convocaram uma greve para os dias 23, 24 e 25 de novembro por considerarem "insustentável" a situação do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
No final de uma reunião esta semana entre os representantes sindicais, Noel Carrilho afirmou que "a situação a que chegou o SNS" e as "condições de trabalho dos médicos são insustentáveis, sendo que as propostas em relação ao Orçamento do Estado para os médicos e SNS são de tal modo insuficientes que mal merecem [...] consideração".
Segundo o secretário-geral do SIM, Roque da Cunha, a greve tem como objetivo fundamental "exigir o financiamento do SNS e passar das palavras aos atos, já que é evidente um pouco por todo o país que os médicos, apesar de todos os esforços feitos, não conseguem aguentar mais".
O secretário-geral do SIM lamentou ainda que desde que Marta Temido tomou posse os sindicatos médicos não tenham sido recebidos, apesar dos seus pedidos de audiência.
Já o Sindicato dos Enfermeiros (SE) lamentou que o Ministério da Saúde tenha "dois pesos e duas medidas no que respeita a negociar com os profissionais de saúde", sublinhando que o secretário de Estado Adjunto da Saúde informou que "as negociações apenas podem decorrer depois da aprovação do Orçamento do Estado para 2022".
Em comunicado, o presidente do SE, Pedro Costa, sublinha que, em resposta ao acordo de compromissos entregue em 21 de setembro no Ministério da Saúde, o secretário de Estado escreveu aos enfermeiros dando conta da vontade de o Governo em negociar e resolver as justas reivindicações dos enfermeiros.
"Infelizmente, apesar de tanto elogio e tanta palmadinha nas costas, parece que só depois de o Orçamento do Estado do próximo ano estar aprovado é que há disponibilidade de agenda para receber os enfermeiros", frisa.
Na área da saúde, e após a apresentação do Orçamento do Estado para 2022, além dos médicos e enfermeiros, anunciaram também greves para outubro e novembro técnicos de emergência e farmacêuticos.
Na sexta-feira, a ministra da tutela afirmou, em relação às quatro greves anunciadas no setor, que o Governo "sempre esteve disponível para dialogar" com os sindicatos, mas salientou que "não há coincidências" em relação ao 'timing' do anúncio dos protestos.
"Parece que de setembro para outubro todo o SNS, que estava com uma resposta extraordinária, está agora a claudicar. É preciso que as pessoas percebem lá em casa que estamos num contexto específico [discussão do Orçamento do Estado], que é o momento em que as pessoas normalmente apresentam as questões que têm para apresentar e, naturalmente, os governos tentam responder na medida daquilo que são as possibilidades do país", afirmou Marta temido.
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