sindicato acusa o secretário das Finanças do Governo Regional, Duarte Freitas, de "ameaçar publicamente" os trabalhadores da SATA.
O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) exigiu esta quinta-feira demissões no Governo dos Açores e na administração da SATA, alertando que os trabalhadores não devem ser responsabilizados por uma eventual falha da privatização da Azores Airlines.
Em comunicado, o sindicato acusa o secretário das Finanças do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), Duarte Freitas, de "ameaçar publicamente" os trabalhadores da SATA e o vice-presidente, Artur Lima, por anunciar o reforço de rotas para a ilha Terceira "arvorado em diretor de operações".
O sindicato avisa que "diversas rotas internacionais com ligação à Terceira são manifestamente deficitárias na maioria dos voos da sua operação" e critica, também, a atuação da secretária da Mobilidade, Berta Cabral, e o "desnorte completo" do executivo.
"Não nos resta outra opção que não repudiar com veemência essas declarações e exigir que comecem as demissões, tanto no Governo Regional como no conselho de administração. Gerir mal e responsabilizar os trabalhadores, além de mais não é digno de responsáveis governamentais", lê-se na nota de imprensa.
O SITAVA defende que as medidas de reestruturação da SATA "nunca saíram do papel ou não produziram qualquer contributo" o que levou à deterioração do grupo que engloba a SATA Air Açores (responsável pelas ligações interilhas) e Azores Airlines (que liga o arquipélago ao exterior) no último ano.
"É importante que ninguém se esqueça disto porque passado mais de um ano qual é a situação da empresa? Como é público e notório está muito pior do que estava, tudo se agravou ao ponto de até o único candidato à compra [a Azores Airlines] já coloca em causa a continuidade do negócio", denuncia.
O sindicato reitera que os trabalhadores não podem ser responsabilizados por uma eventual falha na privatização da Azores Airlines.
"Não aceitamos que perante o falhanço total da estratégia do CA [Conselho de Administração] e do Governo, venham agora os defensores de vender tudo ao desbarato responsabilizar os trabalhadores pela manifesta incompetência demonstrada na condução dos destinos do grupo SATA", realça o SITAVA.
Também esta quinta-feira o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) disse que os pilotos não vão aceitar ser responsabilizados por um eventual insucesso da privatização da companhia aérea Azores Airlines, por não aceitarem cortes salariais de 10%.
"Os pilotos não bloqueiam a privatização. Exigimos propostas formais, verificação de idoneidades e respeito pelo Acordo de Empresa. Sem mandato da assembleia [de empresa] e sem garantias claras -- prazo e benefícios quantificados, aplicáveis a toda a empresa -- não há negociação", afirmou o vice-presidente do SPAC, Frederico Saraiva de Almeida, citado em comunicado de imprensa.
Na terça-feira, o secretário das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas, disse que o processo de privatização estava em "finalização", revelando que até ao final do mês deverá existir uma proposta para a compra da Azores Airlines.
Duarte Freitas ressalvou que caso não exista aquela proposta o Governo Regional poderá partir para uma "negociação particular", admitindo, também, o cenário de fecho da Azores Airlines em 2026.
Em junho de 2022, a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais, prevendo medidas como uma reorganização da estrutura e o desinvestimento de uma participação de controlo (51%).
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