Quebra do confinamento "constitui um crime de desobediência", relembra ministra da Saúde.
A ministra da Saúde, Marta Temido, revelou, esta sexta-feira, que o índice de transmissibilidade de covid-19 entre "1 a 15 de junho foi de 0,98", citando um relatório do Instituto Ricardo Jorge. "Estamos a ter dificuldade em quebrar as cadeias de transmissão, ainda que o R seja inferior àquilo que já foi", disse a governante, recordando que há dezenas de pessoas obrigadas ao confinamento domiciliário em cinco concelhos da área metropolitana de Lisboa "por serem doentes ou contactos diretos de doentes".
Nas declarações aos jornalistas, Marta Temido recordou que a quebra do confinamento "constitui um crime de desobediência", que "pode ser punido como crime de desobediência até um ano e quatro meses de prisão". "Não há nada que fundamente o desrespeito pelo confinamento obrigatório e esse desrespeito merecerá o nosso mais vivo repúdio", acrescentou.
"Isto é uma maratona, não é um sprint", disse ainda, reforçando: "Não é possível baixar a guarda e estão redondamente enganados aqueles que pensam que podem baixar a guarda", defendeu ainda Marta Temido, relembrando que estão proibidos os ajuntamentos de mais de 20 pessoas. "Este momento é de pôr os pés na terra e fazer o que é preciso fazer", disse.Igualmente presente na conferência de imprensa, a diretora geral da Saúde, Graça Freitas, recordou que é preciso ter a "situação epidemiológica controlada para que a economia funcione" e que os atos de cada um implicam consequências para "outras pessoas e para o País".
Na próxima segunda-feira, haverá uma reunião que contará com "o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Aréa Metropolitana de Lisboa, e dos vários presidentes de Câmara para a supressão da propagação do vírus". Além disso, revelou a Temido, vai ser lançado o programa Bairros Saudáveis, com o objetivo de "estimular e financiar iniciativas participativas para a melhoria das condições de saúde pública em bairros onde existam constrangimentos". A ministra explicou que não está em causa a aplicação de cercas sanitárias, mas que são necessárias medidas para evitar a propagação do vírus. Já sobre a questão específica do Algarve, onde uma festa já causou mais de 90 casos de infeção, Marta Temido defendeu que "não é um cerco que institui a racionalidade suficiente nas pessoas".
Depois de dizer que respeitar as orientações médicas era a melhor forma de reconhecer o trabalho dos profissionais de saúde - reagindo às declarações de Marcelo Rebelo de Sousa que considerou a realização da fase final da Liga dos Campeões em Lisboa um prémio para estes elementos-, Marta Temido terminou a conferência de imprensa com um recado: "Não há Estado nenhum que consiga fazer aquilo que é responsabilidade dos indivíduos".
Morreram esta sexta-feira em Portugal mais três pessoas devido à pandemia de Covid-19, elevando para 1527 o total de óbitos no País. De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), os casos de infeção do novo coronavírus chegaram aos 38.464, com um aumento de 375 nas últimas 24 horas. O País tem agora 24.477 pessoas recuperadas, mais 467 que no dia anterior.
Entre as 422 pessoas internadas, 67 estão em unidades de cuidados intensivos. O número de internados em UCI manteve-se nestas 24 horas, mas há mais seis pessoas internadas. 29.046 encontram-se sob vigilância por parte das autoridades de saúde.
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