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Trabalhadores do Novo Banco admitem protestos pela falta de pagamento de prémio na venda

Comissão Nacional de Trabalhadores reivindica "dois salários a todos os trabalhadores como forma mínima de reconhecimento pelo esforço".

21 de outubro de 2025 às 13:57

Cerca de 70% dos trabalhadores do Novo Banco subscreveram um abaixo-assinado insatisfeitos por não serem reconhecidos financeiramente aquando da venda ao BPCE, disse esta terça-feira a comissão de trabalhadores, que admite novas ações de protesto.

A Comissão Nacional de Trabalhadores (CNT) do Novo Banco reivindica "dois salários a todos os trabalhadores como forma mínima de reconhecimento pelo seu esforço, dedicação e papel fundamental na recuperação e valorização do banco".

Em comunicado, a comissão de trabalhadores refere que entregou na segunda-feira mais de 2.700 assinaturas à administração do Novo Banco "com a firme convicção de que esta demonstração de unidade e força deve levar a uma reavaliação da decisão tomada".

No documento, a CNT aponta que "o número expressivo" de assinaturas mostra que os trabalhadores não estão satisfeitos com o que dizem ser "uma das maiores injustiças de que há memória: atribuição de prémios milionários à gestão de topo e a alguns diretores coordenadores, enquanto a esmagadora maioria dos trabalhadores é excluída de qualquer forma de reconhecimento financeiro".

O órgão representativo dos trabalhadores diz que aguarda uma resposta positiva da administração e que, caso tal não aconteça, admite, em articulação com trabalhadores e sindicatos, novas ações de protesto.

O Novo Banco foi criado em 2014 para ficar com parte da atividade bancária do BES (na resolução deste) detido pelo Fundo de Resolução bancário (entidade pública).

Os acionistas do Novo Banco (a Lone Star com 75%, a Direção-Geral do Tesouro e Finanças com 11,46% e o Fundo de Resolução com 13,54%) acordaram vendê-lo em junho ao grupo francês BPCE por 6.400 milhões de euros. Ainda faltam vários passos para o negócio ser concretizado.

Em setembro, foi polémica a notícia do Público de que dirigentes da Lone Star e gestores do Novo Banco deverão receber bónus que ascendem a 1.100 milhões de euros pagos pelo acionista Lone Star relativos ao sucesso da venda do Novo Banco.

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