INEM sublinha ainda que "o utente teve acesso a cuidados de saúde altamente diferenciados, através das equipas médicas envolvidas".
A transferência de helicóptero de um doente com traumatismo craniano que deu entrada no Hospital da Covilhã foi uma "decisão médica conjunta" tendo em conta a situação do utente e os meios disponíveis, afirmou esta segunda-feira o INEM.
Questionado pela Lusa sobre o motivo que levou a que o paciente fosse transferido da Covilhã para Coimbra num helicóptero da Força Aérea e não de ambulância, o INEM esclarece que se tratou de "uma decisão médica conjunta, entre médica da ULS Cova da Beira, médico do INEM e médica da FAP (Força Aérea Portuguesa)".
A decisão foi baseada "tendo em consideração os critérios clínicos do utente, os meios e recursos disponíveis e melhor habilitados a dar resposta naquele momento, e outras variáveis com impacto no estado clínico do utente", acrescenta o INEM.
O INEM sublinha ainda que "o utente teve acesso a cuidados de saúde altamente diferenciados, através das equipas médicas envolvidas, desde a ativação da emergência médica pré-hospitalar até admissão no hospital de destino, em Coimbra".
A Lusa questionou ainda o INEM sobre as notícias que dão conta de que o aparelho da Força Aérea usado no transporte era demasiado grande para os heliportos hospitalares e por isso teve dificuldades em aterrar nos heliportos dos dois hospitais, mas não obteve qualquer resposta.
Também ficou sem resposta a pergunta da Lusa sobre a relação entre esta situação e o facto de o concurso internacional para aquisição do serviço de transporte aéreo só ter ficado concluído há cerca de um mês.
A posição do INEM surge poucas horas depois de a Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar (SPEPH) ter alertado para o facto de ser "clinicamente mais adequado e seguro" um paciente ser transportado por ambulância quando a resposta aérea ultrapassa o tempo estimado de transporte terrestre.
De acordo com SPEPH, a decisão entre meios aéreos e terrestres deve ser técnica e segura: "A prioridade deve ser sempre a rápida estabilização e o encaminhamento seguro do paciente à unidade hospitalar mais adequada" e a medicina pré-hospitalar "segue princípios bem definidos no que diz respeito à escolha do meio de transporte mais adequado para pacientes vítimas de trauma grave, tendo em conta várias variáveis essenciais".
"Entre os principais fatores a serem avaliados estão as condições meteorológicas, o tempo estimado para a chegada do helicóptero ao local do pedido de ajuda, o tempo necessário para preparação da aeronave e da equipa médica, e ainda a duração do voo até ao local do pedido de ajuda", vincou.
Questionado pela Lusa sobre este caso, o Ministério da Saúde remeteu para o INEM quaisquer esclarecimentos sobre o caso.
Já o presidente do sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar, Rui Lázaro, defendeu que "os responsáveis têm um rosto: é o Governo e o INEM", sendo que "o INEM não acautelou atempadamente o tempo do concurso" para a contratação do serviço aéreo de emergência médica.
O concurso público para a contratação deste serviço foi adjudicado à empresa Gulf Med Aviation Services Limited apenas no final de março.
"A empresa teve pouco mais de um mês. O Governo e o INEM deveriam ter iniciado este concurso um pouco mais cedo ou um pouco mais tarde", acusou Rui Lazaro, reiterando que os helicópteros da Força Aérea deveriam ser deslocalizados para o interior do país, onde entende fazerem mais falta.
Desde o início do mês que a Força Aérea assegura o transporte de emergência médica com quatro helicópteros que deveriam funcionar 24 horas por dia, mas apenas um está atualmente apto para voar à noite, numa operação transitória até que a empresa que ganhou o concurso tenha os meios suficientes.
Além destas quatro aeronaves da Força Aérea, a Gulf Med assegura, através de um ajuste direto até o contrato entrar em vigor, dois helicópteros Airbus, que ficam nas bases de Macedo de Cavaleiros e de Loulé, mas que apenas operam no período durante o dia.
Segundo o ministro da Defesa, a Força Aérea conta com aeronaves ao serviço do INEM que estão localizadas em Beja, Montijo e Ovar.
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