Hospital apela a uma utilização racional dos serviços de urgência.
As urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada, têm registado maior afluência nas últimas semanas, mas mais de metade são situações não urgentes, segundo a unidade hospitalar que serve cerca de 350 mil utentes.
O hospital, que reuniu esta terça-feira com os chefes de equipa do Serviço de Urgência Geral (SUG) depois de estes terem apresentado a demissão por discordarem da escala de serviço de dezembro, assegura que, apesar do acréscimo de procura e sobrelotação o SUG, "tem conseguido dar resposta a todos os utentes da sua área de influência, cumprindo os tempos de espera preconizados na triagem de Manchester para os doentes emergentes e urgentes".
"Nas últimas semanas, o SUG do HGO tem registado uma maior afluência por parte de utentes, dos quais cerca de 56% representam situações não urgentes (pulseiras verdes e azuis)", refere o hospital em comunicado.
Na nota, o hospital apela a uma utilização racional dos serviços de urgência, aconselhando a população de Almada e Seixal (distrito de Setúbal) que, em caso de doença aguda, contacte primeiro a linha SNS 24, aconselhe-se com o médico assistente ou contacte o Centro de Saúde, para uma assistência de maior proximidade.
"Dessa forma, evitam-se tempos de espera maiores", salienta o hospital, alertando que a afluência à urgência de utentes com doença aguda sem caráter urgente "prejudica o atendimento das situações verdadeiramente urgentes e emergentes, prolonga os tempos de atendimento e expõe desnecessariamente todas os presentes na sala de espera a outros vírus respiratórios, podendo contraírem outras infeções".
A utilização racional dos serviços de urgência, defende o Hospital Garcia de Orta, é fundamental para facilitar o acesso de utentes que se encontrem em situação grave, emergente e urgente, para as quais os profissionais diferenciados dos serviços de urgência do HGO estão preparados.
Na segunda-feira, os chefes de equipa do Serviço de Urgência Geral apresentaram a demissão dos cargos em protesto com a escala de dezembro, que consideram estar "abaixo dos mínimos", esta terça-feira o hospital assegurou que estão a ser tomadas medidas para o reforço da equipa.
Numa carta dirigida ao diretor clínico do Hospital Garcia de Orta, à presidente do Conselho de Administração e à diretora do Serviço de Urgência, os profissionais explicavam que na escala prevista constam vários dias com um número de elementos abaixo dos mínimos (um ou dois elementos apenas) para garantir o bom funcionamento do serviço.
"Não podemos, como chefes de equipa, assistentes hospitalares de medicina interna e médicos deste hospital, aceitar chefiar uma equipa de urgência nas presentes condições de trabalho e paupérrimas condições de prestação de cuidados no SUG", salientavam na missiva, tornada pública pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM).
Os chefes de equipa adiantavam ainda que a escala de dezembro, à semelhança das escalas apresentadas nos últimos meses, normaliza uma equipa constituída por quatro elementos (ou menos), número que consideram insuficiente para garantir todos os postos necessários para o bom funcionamento do SUG e a prestação de cuidados em segurança para os doentes e profissionais.
Os médicos salientavam ainda que, entre estes quatro elementos, "muitas vezes estão contemplados colegas sem autonomia para exercer".
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