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"Vivi dias de grande emoção": Cardeal Américo Aguiar recorda eleição do Papa em mensagem enviada à diocese de Setúbal

Cardeal recordou ainda o Papa Francisco e considerou que o antecessor de Leão XIV "intercedeu por cada um dos seus Cardeais".

09 de maio de 2025 às 22:13

O cardeal Américo Aguiar, um dos quatro portugueses que participou no conclave onde foi eleito o Papa Leão XIV como sucessor de Francisco, enviou esta sexta-feira uma mensagem para a diocese de Setúbal. 

"Vivi dias de grande emoção, em que sentimentos de tristeza, de alegria, de esperança e de inquietação se atropelaram uns aos outros, face aos acontecimentos que todos acompanhámos", afirmou o bispo de Setúbal. "Foram dias que me tornaram ainda mais consciente da beleza da universalidade da Fé, da Igreja a que pertencemos", acrescentou.

Na mensagem sublinhou também "a explosão de alegria que o mundo testemunhou quando saiu o fumo branco daquela pequena chaminé" que foi, depois, seguida pela aparição do Papa  Leão XIV na varanda de São Pedro.

O cardeal recordou ainda o Papa Francisco e considerou que o antecessor de Leão XIV  "intercedeu por cada um dos seus Cardeais" durante a decisão. 

Leia a mensagem na íntegra: 

"Saudações fraternas às irmãs e irmãos da diocese de Setúbal, a todas e todos as mulheres e homens de boa vontade, a todos, todos, todos.

Eleito o Papa Leão XIV, dirijo-me a cada uma e cada um de vós, com o coração profundamente grato e cheio de alegria.

Vivi dias de grande emoção, em que sentimentos de tristeza, de alegria, de esperança e de inquietação se atropelaram uns aos outros, face aos acontecimentos que todos acompanhámos.

A nossa Fé anuncia-nos a certeza do céu e, é claro para mim, que o Papa Francisco no céu, intercedeu por cada um dos seus Cardeais, tantos de nós escolhidos por ele próprio, no sentido de nos abrirmos à presença de Deus, confiando plenamente na ação do Espírito Santo e no amor de Jesus Vivo.

Ao olhar para trás, só assim se entende como foi possível, em tão pouco tempo, acordarmos na escolha do Papa Leão XIV, para guiar esta grande barca de Pedro.

Uma barca onde todos estamos conscientes do drama das guerras que não terminam, da incerteza das lutas económicas, dos desastres climáticos que o mundo atravessa, mas nada nos pode separar de Deus, nada nos pode retirar a Esperança que traz Vida à vida, que anuncia a paz em todas as guerras, que nos anima a fazermos mais e melhor pelos outros.

O que só é possível porque acreditamos na Ressurreição de Jesus, sabemos que Ele está Vivo e cuida de cada um, ama cada homem e cada mulher, cada jovem, cada criança, cada idoso. Acreditem que nas minhas orações diárias, eram os vossos rostos que eu recordava, eram as nossas capelas e igrejas que o meu coração visitava, sempre que celebrávamos uma Missa.

Foram dias que me tornaram ainda mais consciente da beleza da universalidade da Fé que professamos, da Igreja a que pertencemos. E faz parte desta beleza de uma Igreja universal, a explosão de alegria que o mundo testemunhou quando saiu o fumo branco daquela pequena chaminé, a que se seguiu uma ainda mais extraordinária alegria, quando o nosso Papa Leão XIV apareceu na varanda de São Pedro! Percebemos que aquela festa, feita de emoção e júbilo, acontecia porque estava ali o Papa. Quem era ou donde vinha, não eram dados relevantes e esta realidade não se explica fora da Fé que professamos

Mais tarde, terei ocasião de partilhar convosco, aquilo que me é permito partilhar, mas hoje queria assegurar-vos a minha oração e a minha saudade por todos. Rezemos pelo nosso Papa Leão XIV!"

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