Medida é uma das propostas apresentadas pela associação ambientalista no âmbito do Dia Europeu Sem Carros.
A associação ambientalista ZERO considera que as autarquias devem começar a implementar progressivamente Zonas de Zero Emissões (ZZE), onde não são permitidos veículos poluentes.
Estas é uma das medidas sugeridas pela ZERO no âmbito do Dia Europeu sem Carros, que esta quarta-feira se assinala.
As Zonas de Zero Emissões (ZZE), onde apenas são permitidos veículos com emissões zero, "são um instrumento de política pública ao dispor das cidades para melhoria da qualidade do ar e do conforto do espaço público", sublinha a ZERO -- Associação Sistema Terrestre Sustentável, defendendo que o caminho para a implantação destas zonas a médio prazo "tem de ser preparado desde já".
No entender da ZERO, as autarquias podem fazê-lo progressivamente, "começando nos centros históricos e alargando-as às zonas mais periféricas, e em períodos de tempo limitados, como aos domingos e feriados, sempre com justificadas exceções, como é o caso de pessoas com mobilidade reduzida".
A medida é uma das propostas apresentadas pela ZERO no âmbito do Dia Europeu Sem Carros e que resulta de uma auscultação a todos os partidos e movimentos candidatos às câmaras de Lisboa e do Porto, nas eleições autárquicas de domingo.
Entre as respostas às questões relacionadas com a mobilidade, colocadas a todas as candidaturas concorrentes, a associação compilou um resumo das medidas propostas pelos candidatos e que serviram de base às recomendações agora divulgadas pela ZERO.
Para a ZERO, "é imprescindível recorrer a medidas que façam reduzir o número de carros em circulação e a sua utilização", através de políticas públicas que fomentem a utilização do transporte público, "cuja quota modal tem de subir significativamente".
Para isso, defende como imprescindível, por um lado, o alargamento da oferta de transporte público, a implementação de transporte 'on-demand' (a pedido), através de pequenos autocarros e de uma aplicação para telemóvel.
Por ouro lado, sugere a dissuasão da utilização de automóvel, com estacionamento condicionado e limitado dentro das cidades e "parques dissuasores" na periferia.
"As autarquias devem ainda articular de forma estreita com as empresas no sentido da criação de planos de mobilidade adaptados a cada caso, como forma de proporcionar que os funcionários deixem o carro em casa", sugere a ZERO.
A ZERO considera ainda essencial a promoção da mobilidade elétrica, propondo que as autarquias facilitem o carregamento de carros elétricos através da instalação de uma rede de carregamento "bem distribuída e densa, incluindo nos locais de trabalho e praças de táxis".
Defende ainda, da parte das autarquias, "um incentivo à eletrificação das frotas de táxis e à descarbonização das frotas de logística urbana", bem como a "isenção ou redução acentuada das tarifas de estacionamento" para carros elétricos e a promoção de "sistemas de veículos elétricos partilhados, integrados com o sistema de transporte público", sublinha a associação numa nota à imprensa.
No documento, a ZERO defende ainda um estudo que contemple todas as opções possíveis ao aeroporto Humberto Delgado, bem como a criação de um Plano Aeroportuário Nacional, "quer para passageiros, quer para carga", o qual deve ser coordenado com os planos de avaliação ambiental e não "estar de costas voltadas entre si, como tem acontecido com os planos para a rodovia e ferrovia".
Já em relação ao Porto de Lisboa, defende a dotação do terminal de cruzeiros com capacidade de fornecer energia elétrica aos navios e apoia a restrição do número de navios acostados em simultâneo e de um limite semanal ou mensal de escalas, que pode ser estabelecido em função de critérios ambientais que os navios respeitem ou do seu tamanho, ou ambos.
"Tal medida serviria ainda para mitigar a pressão turística sobre a cidade de Lisboa que, até ao início da pandemia, se debatia com um turismo de massas causador de gentrificação e pouco amigável para os seus cidadãos", sustenta.
Em relação à cidade do Porto, a ZERO recomenda aumentar a rede de ciclovias e as medidas de segurança destas, a implementação de medidas de acalmia de tráfego e redução da velocidade automóvel e garantir a intermodalidade com os transportes públicos.
Defende ainda um planeamento urbano eficaz que assegure o aumento de zonas pedonais e de espaços verdes para devolver às populações "a fruição do espaço público".
Em Lisboa, responderam às questões colocadas pela ZERO as candidaturas Somos Todos Lisboa, Mais Lisboa (PS e Livre), PAN, VOLT, CDU (PCP e Verdes), Novos Tempos Lisboa (PSD, CDS-PP, PPM, MPT, Aliança) e Bloco de Esquerda.
No Porto responderam as candidaturas Porto, o Nosso Movimento, PS, Livre, CDU (PCP e Verdes), Bloco de Esquerda e PAN.
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