Para uma prevenção eficaz, assim como para um controlo da floresta e identificação dos seus problemas (falta de limpeza, plantação de espécies proibidas, entre outros), é necessário ter equipas de vigilância no terreno (apoiadas por meios tecnológicos), dia e noite, a fim de impedir a atuação dos incendiários. Para tal, devem também ser instaladas torres de vigilância na floresta. Além dos postos fixos, deve existir vigilância móvel durante todo o ano.
Assim, devem ser reativados os guardas florestais, que funcionarão como verdadeiros observadores de incêndio. Estes profissionais podem ser auxiliados por voluntários, nomeadamente locais, como reformados e desempregados, que possam colaborar na vigia e fiscalização das matas e florestas das zonas mais rurais.
Deve ser também reativada a carreira de cantoneiro, formando profissionais capazes de fazer a limpeza das bermas, dos caminhos e de estradas.
O Exército e a Força Aérea devem ter uma participação mais ativa na prevenção e combate aos fogos florestais.
Prevenção
As Forças Armadas devem ser chamadas a executar trabalho de vigilância (terrestre e aéreo) do território durante todo o ano.
Matas, florestas e parques nacionais devem ter um patrulhamento permanente do Exército em sintonia com outros meios, como a GNR. Neste sentido, podem ser executadas semanas de campo, nas quais as Forças Armadas, além do patrulhamento (um elemento dissuasor aos incendiários), desenvolveriam também uma missão de limpeza e de desobstrução de vias de acesso para os meios terrestres utilizados pelos bombeiros.
Combate
O combate aéreo aos fogos deve ser entregue à Força Aérea Portuguesa, cujos aviões e helicópteros devem ser equipados com meios de combate aos incêndios.
Na estrita necessidade de ser preciso recorrer a meios privados, a gestão e controlo dos mesmos devem ficar a cargo da Força Aérea em coordenação com as outras entidades responsáveis pelo combate, como a Proteção Civil.
Novas unidades
Criação de uma Unidade Militar de Emergência (UME), dotada de meios capazes de responder aos incêndios florestais, bem como a outras situações de emergência ou catástrofes naturais (tempestades, sismos, evacuações, entre outros).
Esta proposta foi redigida pela redação do CM e resulta da fusão das sugestões recebidas dos seguintes leitores: Filipa de Campos, José Tavares, Albino Santos Silva, Ana Soares, Paulo Caixeiro, Maria Teresa Gomes da Costa Pereira, Roberto João Soares Mateus, Rosarinho, António Franco, Ana Crespita, Ricardo Gonçalves, José Carlos Torres, Celerino Pereira Dias, Pedro Henrique Loureiro, Carlos Antunes, Álvaro Pereira Moreira de Almeida, José Luís Garcia Rodrigues, Rui Alves, Filipe Pereira, Marta Martins, Américo Quelhas Moutinho Barbosa, G. Ferreira