A mulher que fez Apollo 11 alunar

Chama-se Margaret Hamilton e, há 46 anos, foi a cientista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, autora do software do Computador de Orientação Apollo, presente nos módulos de comando e lunar, cuja função foi guiar e controlar a nave, permitindo a aterragem na Lua. Uma mulher fazê-lo nessa época era obra.

Esta segunda-feira, 20 de julho, celebrou-se o 46.º aniversário da chegada do Homem à Lua. A missão Apollo 11, cuja tripulação era composta por Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins, culminou com a aterragem em solo lunar e com o primeiro humano a andar na Lua: Armstrong. Em 1960, esta missão mudou a História da Humanidade na sua relação com o espaço.

Na época, a codificação de programas era um trabalho ainda mais difícil. O código tinha mais de 17 volumes (formava uma pilha da altura da autora) e foi escrito por Hamilton.

O software criado e programado por Margaret Hamilton pode muito bem ter sido um dos principais fatores de sucesso da Apollo 11 e pode até ter salvo a missão. David Mindell, colega de equipa de Hamilton, orgulha-se de um mecanismo que ambos desenvolveram e que permitia ao computador reiniciar após uma sobrecarga de dados, de forma a cancelar o processo que a estivesse a causar.

Com efeito, durante a aterragem na Lua, o radar que seria usado para que o módulo lunar regressasse ao módulo de comando começou a enviar dados desnecessariamente e causou uma sobrecarga no computador. Assim, o mecanismo criado por Margaret e pela sua equipa foi a chave para salvar a aterragem em segurança na Lua.

Margaret Hamilton, hoje com 78 anos, é diretora da empresa Hamilton Technologies, com sede em Cambridge, em Inglaterra, e em Massachusetts, nos Estados Unidos, fundada em 1986. A engenheira de software viu a sua função ganhar notoriedade e tornar-se uma profissão muito respeitada, dando nova força aos sonhos de raparigas de todo o Mundo, de poderem participar em missões espaciais.