Procura do serviço é maior em zonas remotas e de baixa densidade populacional.
O acesso à Internet via satélite registava 1.200 acessos em 2020, menos de 0,3% do total em local fixo, o que corresponde a um "crescimento de 32,4%" face a 2019, divulgou o regulador Anacom, esta segunda-feira.
Em comunicado, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) refere que está disponível em Portugal o acesso à Internet via satélite, "especialmente vocacionado para o acesso à Internet em zonas remotas, de baixa densidade populacional e/ou de orografia mais complexa".
O regulador salienta que, "apesar da reduzida penetração deste serviço em Portugal, o número de subscritores cresceu 78,5% entre o quarto trimestre de 2018 e o terceiro trimestre de 2020".
No final do ano passado, a Internet via satélite "atingiu 1.200 acessos", o que "representa menos de 0,3% do total de acessos em local fixo, mas traduz um crescimento e 32,4% face a 2019", salienta o regulador.
A Anacom adianta que no segundo trimestre do ano passado, depois da declaração da pandemia de Covid-19, "o serviço registou o maior aumento em termos absolutos até ao momento".
No primeiro trimestre deste ano, "identificaram-se seis prestadores que anunciavam na Internet e comercializavam ofertas retalhistas de serviço de acesso à Internet via satélite em Portugal, e um prestador que se encontrava em fase de testes".
No caso das ofertas residenciais, o regulador aponta que "estas apresentam custos de instalação no montante de até 150 euros (nalguns casos possibilita-se a autoinstalação não se aplicando estes custos), custos de ativação entre 19,9 e 49 euros (nalguns casos o custo de ativação varia em função da existência ou não de período de fidelização e da respetiva duração) e custos de aluguer (entre 4,9 e 9,99 euros mensal) ou aquisição do equipamento".
As mensalidades variam entre 12,90 euros e 119,99 euros, "em função das características das ofertas, nomeadamente das velocidades e dos limites de tráfego associados", refere.
O acesso à Internet via satélite "é um serviço bidirecional de alta velocidade, que se afigura ser um meio essencial para reduzir a fratura digital (digital divide)", acrescenta, apontando que "a conectividade via satélite é igualmente importante nos setores da aviação e do transporte marítimo que operam com estações de radiocomunicações a bordo de aeronaves e navios que possam estar fora do alcance das redes terrestres durante os seus percursos".
Alem disso, "é também um dos elementos das telecomunicações de emergência, possibilitando a deteção, alerta e resposta em situações de catástrofe natural (e outras) em que as redes fixas e móveis deixam de estar disponíveis".
O acesso à Internet via satélite obriga à instalação de uma antena parabólica de pequenas dimensões e de um 'router'.
No ano passado, em termos comerciais, "foram lançados cerca de 1.085 pequenos satélites, dos quais 773 pertencem à rede Starlink da SpaceX", refere a Anacom.
A OneWeb lançou 104 satélites, a Swarm lançou os primeiros 12 satélites de uma constelação planeada para 150 satélites, a Spire lançou 14 'cubesats' e outros operadores, como a Eutelsat e o Isro (GSAT-30) da Índia, colocaram também em órbita satélites de comunicações comerciais, acrescenta.
"Estima-se que oferta de Internet via satélite se venha a tornar, nas próximas décadas, um dos grandes negócios do New Space baseado em megaconstelações, passando a representar a maior fatia das receitas geradas", conclui a Anacom.
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